Colaboração de Elano Lorenzato/Boletim UNICAP.
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Moisés Germano de Andrade é supervisor técnico da Gráfica Fasa e professor de História da Escola Estadual Senador Petrônio Portela, em Jaboatão dos Guararapes. Inspirado na experiência bem-sucedida do Fórum das Religiões, coordenado pelo professor Gilbraz Aragão na Universidade Católica de Pernambuco, Moisés Germano fundou, em fevereiro de 2011, o Fórum Inter-religioso Petrônio Portela, na escola onde leciona. O objetivo principal do Fórum do Petrônio, como é mais conhecido, é trabalhar tolerância e coexistência religiosa na escola.
Na quarta-feira, dia 22, aconteceu o Primeiro Seminário de Boas Práticas que ocorrem nas Escolas Públicas do Estado, no qual o governador foi representado pelo Secretário de Educação, Frederico Costa Amâncio. No evento, foram escolhidas as dez melhores práticas realizadas dentro das escolas públicas estaduais, que tem modificado a realidade dos alunos. O Fórum do Petrônio, de Moisés de Andrade, foi selecionado, junto com outros nove projetos, para serem replicados para toda a Rede Estadual de Ensino. Os projetos serão publicados para serem distribuídos na Rede, para que sejam implantados em todas as escolas.
A cada 15 dias é apresentado, aos alunos, ex-alunos e à comunidade, um representante de uma religião, geralmente pessoas da área acadêmica, que confessam a fé mas são da área acadêmica, inclusive da Unicap. “A bem da verdade, esse projeto é um filhote do Fórum Inter-religioso da Universidade Católica de Pernambuco. Como participei do programa de Mestrado em Ciências da Religião, fui influenciado pelo professor Gilbraz Aragão e levei essa experiência para a escola em que leciono e onde há muitos conflitos entre os alunos de religiões diferentes. Com base nisso, percebi que o que faltava ali era o diálogo. A partir da implantação do Fórum Inter-religioso do Petrônio, ao passar desse tempo, mudou a mentalidade do aluno em relação ao outro. A gente percebe uma tolerância que se desenvolveu na escola: onde antes eles brigavam, hoje eles dialogam e, agora, todos chegaram no caminho do respeito e da convivência. O Fórum não tem a proposta de catequizar ninguém, pelo contrário, recebemos agnósticos e ateus para participarem dando palestras. Lá é um ambiente de conhecimento. Os palestrantes trazem a história, relatos de onde surgiu e as implicações de suas religiões. Isso é didático, é pedagógico e a gente percebe o interesse dos participantes, que em pleno sábado à tarde lotam o auditório da escola”, relatou Moisés.
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