A Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR) foi criada em 1999. Trata-se de uma entidade sem fins lucrativos, não confessional/devocional/religiosa e apartidária, completamente independente de grupos políticos ou religiosos, e que tem como objetivo estimular a pesquisa, o ensino e a extensão universitária no campo da história das religiões e religiosidades.
O simpósio ABHR Nordeste 2019, que se realiza de 20 a 24 de maio na UFPB, com o tema “Religião, Direitos Humanos e Laicidade”, apresenta e aprofunda desafios associados às (in)tolerâncias e violências a diversas pessoas, com distintas crenças e descrenças. As reflexões também incidem sobre preconceitos em razão de marcadores sociais como identidades de gênero e orientações sexuais, conexões da religião com a política, deslocamentos identitários e teorias e metodologias dos estudos de religiões e religiosidades.
O nosso Observatório das Religiões marcou presença: Karina anda mochilando na Europa, mas sua tese foi premiada na ABHR. Também estiveram presentes Thaís, Rayane, Miri e Themis, que apresentaram comunicações e promoveram “balbúrdias” no encontro. Além do professor Gilbraz, que colaborou na Mesa sobre “Ensino Religioso e Diversidade Religiosa na perspectiva dos Direitos Humanos”. Ele falou sobre lógicas dialogais e estudos de religião e defendeu que precisamos aprender a lidar com a contradição aparente da pluralidade de absolutos, considerando a complexidade da realidade e da verdade, exorcizando o princípio soberano da identidade vitoriosa sobre toda diferença, acolhendo a controvérsia, a relação e o paradoxo, para além do princípio de não-contradição.
E, sobretudo, servindo à causa do “outro”, atendendo ao revelador grito dos desempoderados e “terceiros excluídos”, que devem inspirar criatividade amorosa entre e para além dos grupos e pessoas envolvidos em controvérsias – também científicas, e, mais ainda, religiosas. Todo conhecimento é chamado, pois, a ser não só explicativo, investigativo, hermenêutico, mas criativo, terapêutico e curativo. Como exemplo, falou da vida e obra de Raimundo Panikkar, cuja percepção não-dual e trinitária da realidade pode ajudar nos desdobramentos e aplicações da lógica do Terceiro Incluído, tanto na produção de conhecimentos pelos estudos de religião, quanto no seu desenvolvimento pedagógico pelo Ensino Religioso.
Veja o seu texto por aqui e a sua apresentação logo abaixo:
Saiba mais:
1 comentário Adicione o seu