A TV Brasil está estreando nesta semana duas séries que tratam da diversidade religiosa brasileira e favorecem o diálogo entre as espiritualidades. Ao invés de transmitir missas e cultos, a TV pública, instada por organismos como o Comitê de Respeito à Diversidade Religiosa, começa a organizar programas que refletem de modo educativo e crítico sobre todos os ritos e crenças da nossa gente. E temos orgulho de colaborar com esse novo tempo, mais pluralista, democrático e libertário. O nosso Observatório Transdisciplinar das Religiões no Recife ajudou na concepção e o professor Gilbraz Aragão vai aparecer nos programas. As séries serão transmitidas nas quartas e quintas às 20h e reprisadas nas manhãs de domingo, nos canais abertos e assinados da rede TV Brasil, bem como na WebTV da emissora. Os vídeos podem ainda ser vistos nas páginas dos programas, como indicado abaixo. A seguir a divulgação da sala de imprensa EBC e acima o primeiro “Entre o céu e a terra”, sobre vida após a morte…
“Quem sintonizar a TV Brasil na quarta (10) e na quinta-feira (11), às 20h, acompanhará duas séries que tratam de religião e religiosidade no Brasil. Entre o Céu e a Terra, produzida pela Realejo Filmes, e Retratos da Fé, da Aldeia Produções, foram vencedoras de dois concursos realizados em 2013. Um deles tinha como objetivo selecionar programas que abordassem temas filosóficos e culturais ligados à religiosidade sob uma perspectiva jornalística, abrindo espaço plural de debate e reflexões sobre as religiões e crenças que existem no país. E o outro, que trouxesse para a tela da TV a possibilidade de cada grupo religioso transmitir sua mensagem de fé e expressar o sagrado de sua doutrina de forma direta, sem nenhum tipo de mediação ou interferência.
A primeira a ir ao ar, na quarta-feira, é Entre o Céu e a Terra, que, a cada semana, trará um tema diferente apresentado sob a visão de diversas lideranças espirituais, de especialistas de outras áreas do saber, como filósofos(as), psicanalistas, sociólogos(as), cientistas da religião, teólogos(as), e de ateus e agnósticos. Os temas abrangem questões da experiência humana como sexo, dinheiro, vida após a morte, além de mistérios do universo religioso como espaços sagrados, ritos e rituais, símbolos e representações. O formato de Entre o Céu e a Terra combina o documentário (na forma de entrevistas) com ficção. Em cada episódio, Alberto, um biólogo, observador dos fenômenos da vida e do comportamento, começa a indagar-se sobre questões comuns aos homens e mulheres de todos os tempos como a origem do mundo, o que é deus, qual é o sentido da existência, porque ajudamos os outros, porque nos organizamos em famílias e outras tantas reflexões.
Entre o Céu e a Terra apresentará, entre outras visões, o que pensam os muçulmanos sobre o adultério no episódio Amor e casamento; o que tem a nos dizer a Seicho-No-Ie do Brasil sobre Natureza; o Santo Daime sobre Comunidade e Pertencimento; a Igreja Batista sobre O Bem e o Mal; a Igreja Católica sobre Milagres; o Espiritismo sobre Solidariedade, entre outras religiões que participarão dos episódios a cada semana. No episódio de estreia de Entre o Céu e a Terra, o biólogo Alberto mergulha em uma crise sobre suas certezas científicas no dia da morte de seu pai e sai em uma jornada rumo a novas descobertas. Partindo das indagações de Alberto, lideranças espirituais e especialistas de outros saberes apresentam suas crenças de como seria essa pós-vida, as implicações existenciais da fé em uma vida pós-morte, e as implicações éticas de não se acreditar em um plano espiritual.
O programa trará depoimentos de representantes de algumas crenças professadas no Brasil, como do Candomblé, por meio da baiana Makota Valdina, para quem “a gente quer ser feliz aqui e agora”; do islamismo, representado pelo Imam Sami Isbelle, que nos conta como será o paraíso para os muçulmanos; da possibilidade de comunicação com os mortos para os espíritas; da terra sem males do povo Guarani na voz de Kaká Werá; do filósofo Renato Janine Ribeiro, do teólogo pernambucano Gilbraz Aragão; do ateu, Daniel Sottomaior, entre outros.
Na quinta-feira (11), a série Retratos da Fé abre então espaço para que um determinado credo se expresse livremente, apresentando suas concepções, crenças, cerimônias, vivências e manifestações religiosas, num verdadeiro aprofundamento de uma cultura religiosa. Entre os temas que virão: Adventista, Bola de Neve, Daime, Islamismo, Mórmons, Presbiteriana, Vale do Amanhecer, Católica Ortodoxa, e muito mais.
O episódio de estreia de Retratos de Fé mostra como o Islamismo é professado em algumas localidades brasileiras. Em São Paulo, o telespectador conhecerá a Mesquita Brasil e o Sheik iraniano recém-formado, Abdul Hamide, que fala como foi o seu processo de formação, como está a sua adaptação no Brasil e qual a importância da sua escolha para ele e sua família. Em Foz do Iguaçu, berço no Islamismo no Brasil, o Sheik Abdul Nasser, de origem libanesa, explica os cinco pilares do islão: a recitação e a aceitação da crença, orar cinco vezes ao dia, pagar esmola, observar jejum do Ramadão e peregrinar a Meca. Todos os dias ele lidera as orações na Mesquita Branca. Em Manaus, o jornalista Anwar Assi, que nasceu em família islâmica, visita a primeira Mesquita de Manaus, que ficou pronta em 2012, apesar da grande comunidade que existe naquela região. Ele conta da sua expectativa para uma futura visita a Meca. Em Curitiba, um casal de brasileiros que se converteu recentemente ao islamismo conta porque optou pela conversão e como foi o processo de adaptação aos novos hábitos de vida. Comerciantes, eles não abrem mão de fazer as cinco orações por dia e praticar diariamente todos os ensinamentos do islamismo”.
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