O Grupo de Pesquisa “Espiritualidades contemporâneas, pluralidade religiosa e diálogo” é formado pelos núcleos que trabalham diálogo inter-religioso sob coordenação dos professores Gilbraz Aragão (na UNICAP, PE), Cláudio Ribeiro (na UFJF, MG) e Roberlei Panasiewicz (na PUC-Minas, MG). Desde 2008 o pessoal vem se reunindo como GT nos principais congressos da área e também já vai para a realização do terceiro Seminário próprio do Grupo, através do que tem articulado publicações para sintetizar e aprofundar os conceitos e autores que estão sendo estudados em comum.
Dentre essas publicações, destaca-se o “Dicionário do pluralismo religioso”, que o Grupo de Pesquisa lançou em julho de 2020, está sendo apresentado em eventos significativos e encontra-se à venda por aqui, na Editora Recriar. Trata-se de um valioso recurso, com mais de trezentas páginas escritas por quase quarenta pesquisadores, vários ligados ao nosso Observatório das Religiões no Recife. É um livro para toda pessoa envolvida com o diálogo entre religiões e convicções, tematizando o Princípio Pluralista em verbetes mais conceituais ou mais descritivos. Tal Princípio confronta quem entende a diversidade humana como mera “pluralidade de fato” e por causa de um “pecado original”, com a perspectiva do “pluralismo de princípio” e decorrente de uma “bênção original”.
O companheiro Cláudio de Oliveria Ribeiro vem animando o Grupo a desenvolver esse Princípio Pluralista junto com ele, para alavancar teoricamente as análises sobre a diversidade cultural e religiosa, sensibilizando para a percepção de identidades (re)construídas nas fronteiras institucionais e mobilizando para o diálogo alterativo que se desenvolve nos “entre-lugares”, éticos e místicos, das relações pessoais e culturais.
Há quem pense na pluralidade de religiões como resultado da perversão humana e a gente está ousando pensar no pluralismo de fés, convicções e espiritualidades, como resultante de uma bênção das origens e de uma evolução salutar do espírito humano. O respeito e mesmo devoção pela diversidade, pelos caminhos dos outros, resultam dos estudos de religião bem informados pela história, pela abordagem antropológica e psico-social. Isso muda tudo, das atitudes frente à alteridade no espaço público às teologias das religiões em todas as confissões. Por isso mesmo, o “Dicionário do pluralismo religioso” vai fazer história e se tornar uma obra de referência para uma atitude dialógica, tanto na pesquisa como na vida.
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