COMO SE REPRESENTA O AFRO NA ESCOLA

No próximo dia 19 de novembro às 20h teremos o lançamento, aqui pela Internet, do livro de Constantino Melo sobre as representações das religiões afro-brasileiras nas escolas: uma ocasião muito boa para se pensar sobre a descolonização do pensamento e a educação para o respeito à diversidade.

Constantino José Bezerra de Melo foi orientando do professor Gilbraz e participou ativamente do nosso Observatório das Religiões. Ele é doutor (2019) e mestre (2015) em Ciências da Religião pela UNICAP, possui Bacharelado (1990) e Licenciatura (1994) em Ciencias Sociais também pela UNICAP, Licenciatura e Formação em Psicologia pela Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (2007), além de várias especializações. Atualmente trabalha como técnico educacional em Sociologia e Ensino Religioso na Secretaria de Educação de Pernambuco.

O livro que Constantino está lançando resulta da pesquisa do seu mestrado, que analisou as representaçõs sociais das religiões afro-brasileiras, apresentadas por estudantes de três Escolas de Referência da Rede Pública Estadual. As religiões afro-brasileiras foram geradas no processo de enfrentamento com o colonizador português escravocrata, resultando em um processo de reelaboração e ressignificação dos símbolos de força e orientação culturais de negros e nativos.

A contextualização histórica e antropológia do tema se abriu para uma pesquisa de campo, cuja coleta de dados foi realizada através de entrevistas semiestruturadas, aplicadas para analisar o que pensam os estudantes sobre as religiões afro-brasileiras, bem como aos três coordenadores pedagógicos das escolas com o objetivo de analisar o cumprimento das ações recomendados pela Lei 10.639/2003, que trata da História e Cultura Afro-brasileira.

A avaliação dos dados coletados foi realizada através da análise de discurso, a partir do “construcionismo” proposto pela psicologia social, que tem como representantes Moscovici e Spink. Os resultados contribuem para valorizar a dimensão religiosa e espiritual, fortalecendo a concepção de educação crítica e emancipadora de estereótipos, preconceitos e discriminações, e, assim, favorecendo a construção de uma sociedade mais justa e democrática, onde a diversidade e o diálogo inter-religioso possam ser respeitados.

Baixe o livro de Constantino por aqui.

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Espiritualidade Negra

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