Aconteceu nos dias 15 e 16 de março de 2016, na UMESP em São Paulo, o I Seminário “Espiritualidades contemporâneas, pluralidade religiosa e diálogo”, que marcou o lançamento oficial do Grupo de Pesquisa com esse nome. O Grupo vem se reunindo há oito anos como GT nos grandes congressos da área dos estudos de religião no Brasil, como os da SOTER e da ANPTECRE, e é coordenado pelo professor Gilbraz Aragão (da UNICAP, PE), junto com Roberlei Panasiewicz (PUC Minas, MG) e Cláudio Ribeiro (UMESP, SP). Agora, como Grupo de Pesquisa cadastrado no CNPQ, criando uma rede interuniversitária dos núcleos de pesquisa desses professores, vai dar maior impulso à reflexão sobre a pluralidade religiosa e o diálogo inter-religioso entre nós, com mais eventos e publicações compartilhadas (por aqui alguns textos e anais estão acessíveis).
As discussões nesse Seminário em São Bernardo do Campo aprofundaram filões hermenêuticos que foram surgindo nas sessões do GT e lembraram que vivemos em toda parte um contexto de pluralismo que desafia e convida as espiritualidades a entrarem em diálogo, não apenas teológico, mas também místico e ético. Sem negar o que há de único em cada religião ou igreja, trata-se de perceber, no convívio com a diversidade, a experiência humana comum a todas. Incluindo nessa espiritualidade aquelas expressões laicas e sem deus, o Grupo segue na busca por experiências espirituais (e teológicas) trans-religiosas para o nosso tempo de transformações culturais.
O encontro de lançamento do Grupo de Pesquisa na UMESP (veja aqui a programação completa) reuniu quase cem pessoas, que participaram de três painéis: sobre “Pluralismo religioso e diálogo”, com palestras dos três fundadores do Grupo; sobre “Pluralidade religiosa no Brasil”, com lideranças das principais matrizes religiosas do país; e “Experiências inter-religiosas e direitos humanos”, com militantes do diálogo espiritual em espaços civis e públicos. Além disso, doze fóruns temáticos se reuniram simultaneamente, com temáticas transversais da compreensão do pluralismo e diálogo nas ciências da religião e nas teologias. Ao final, uma ciranda de ideias e sentimentos convergentes no sentido de dinamizarmos a promoção da coexistência humana, entre e para além das diferentes identidades e tradições espirituais.
Veja o site do Grupo de Pesquisa
Acesse o Grupo no Diretório do CNPQ
Saiba mais:
Programação 2016 do Observatório
Tradições religiosas no Recife
Rizoma latino-americano para o diálogo
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