De 3 a 5 de novembro as Pastorais das Universidades Católicas brasileiras promoveram virtualmente o “Congresso Oikos“, para refletir sobre temas emergentes do pontificado de Francisco: Educação, Economia, Ecologia e Ecumenismo. Isso, na perspectiva de animar as instituições brasileiras de ensino superior (IES) a assumirem crítica e cooperativamente essa pauta de envolvimentos sociais como eixos de ações estratégicas na pesquisa de conhecimentos e na extensão pública de suas ações educativas.
O evento foi articulado através de palestras sobre as grandes temáticas, mas principalmente por meio de Grupos de Trabalho (GT) sobre elas, onde estudantes e professores de 17 IES conveniadas puderam compartilhar e discutir as suas atividades e pesquisas. O nosso Observatório das Religiões da UNICAP esteve presente através dos professores Gilbraz e Artur, na organização de GTs sobre o ecumenismo, que receberam trabalhos tratando da história e dos desafios do diálogo dentro e para além do cristianismo.
Esse encontro repercutiu no Jornal do Vaticano, o “L’Osservatore Romano“, que na sua edição de 13 de novembro (veja aqui) trouxe, na coluna do professor Riccardo Burigana, que é colaborador do nosso Programa de Pós-graduação em Ciências da Religião, uma avaliação dos debates. O colunista afirma que, quanto ao diálogo ecumênico, destacou-se a necessidade de encontrar formas de confronto e encontro com cristianismos diferentes como o pentecostal e sincrético, bem como o imperativo de relacionar o ecumenismo cristão com as causas da justiça social e da preservação ecológica.
E Burigana prosseguiu dizendo que, nesse contexto, Gilbraz Aragão, professor da Universidade Católica de Pernambuco, que coordenou um dos Grupos de Trabalho, lembra a importância da participação dos cristãos em diálogos inter-religiosos mais amplos e integrais que, além de um melhor conhecimento de si e do outro, devem levar à denúncia de cada forma de discriminação como primeiro passo para a construção de uma sociedade alternativa, na qual a harmonia inter-religiosa contribua para a definição e a realização de percursos educacionais e projetos econômicos que removam as causas da pobreza, como o próprio pontífice tem sugerido. Ficamos contentes com a repercussão do nosso trabalho e com sua aderência à missão do papa Francisco.
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