O grupo teatral Gente Nossa e a cruzada social contra os mocambos no Recife (1939)
DOI:
https://doi.org/10.25247/hu.2016.v3n5.p189-201Palabras clave:
Arte e política. Teatro pernambucano. Urbanização do Recife.Resumen
O artigo aborda a relação de intelectuais com o sistema de poder, enfatizando mais uma situação em que se fez a tentativa de solucionar conflitos sociais existentes em determinada conjuntura, recorrendo a estratégias de desmobilização social. A análise tem como cenário o período do Estado Novo, particularizado nas disseminações de sua forma de agir, no caso, focando em Pernambuco, no períododa gestão de Agamenon Magalhães. O ator principal é o Grupo de Teatro Gente Nossa, e a trama envolve a luta contra os mocambos, uma vez que a erradicação daquele tipo de moradia era uma das metas do interventor pernambucano. A análise empreendida ajuda a desvendar a utilização de empreendimentos culturais postos a serviço de um projeto político. O artigo evidencia uma importante vinculação: a que se deu entre o regime então vigente e um dos mais sólidos pilares de sua sustentação – a cultura. E, nesta, a manifestação teatral planejada para ser um eficaz veículo de publicidade objetivando a fomentação de um pensamento hegemônico que, por sua vez, visava a justificar as lutas travadas em favor da edificação de uma sociedade ordenada e obediente a valores pré-estabelecidos. Baseado em pesquisas documental e bibliográfica, o estudo não deixa dúvidas de que a atuação do Grupo de Teatro Gente Nossa foi mais um caso que pressupunha a arte instrumentalizada e posta a serviço da consolidação de um modelo social; portanto, não voltada à produção de embevecimentos e fruições estéticas.Descargas
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