As cidades mineiras do barroco nos cinejornais da Agência Nacional
DOI:
https://doi.org/10.25247/hu.2021.v8n15.p102-116Palavras-chave:
Turismo, Cinejornais, Segundo Governo Vargas, Ditadura Militar Brasileira.Resumo
O presente artigo examina três cinejornais produzidos pela Agência Nacional e analisa imagens e narração na tentativa de compreender os discursos produzidos sobre o patrimônio histórico do país, considerado um dos elementos fundamentais das práticas turísticas. A investigação utiliza-se do método indiciário e da análise fílmica, propostos por Carlo Ginzburg (1989) e por Francis Vanoye e Anne Goliot-Lété (2012), respectivamente, e de conceitos desenvolvidos por Stuart Hall (2006). A originalidade do trabalho proposto recai na utilização de filme documentário na pesquisa em turismo e na interlocução com os campos de conhecimento da História, Cinema e Sociologia. O principal resultado alcançado foi a verificação da possibilidade de entrelaçamento das noções de identidade nacional e identidade turística.
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