Ambiguidade Pragmática e o diálogo de Kripke contra Donnellan
DOI:
https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2019.v19n1.p103-134Palavras-chave:
Asserção. Princípio da Caridade. Descrições Definidas. Referência. Atos de Fala.Resumo
Neste artigo, discutimos a alegação de Donnellan da ambiguidade pragmática da distinção entre usos referenciais e atributivos de descrições definidas. A literatura sobre o tema é enorme e cheia de análises alternativas. Restringir-nos-emos a um topos muito clássico: o desafio proposto por Kripke à distinção de Donnellan com o caso de um diálogo sobre uma tentativa de atualizar uma descrição errada. Afir-mamos que, para tratar o pro-blema do uso referencial das descrições definidas, precisamos não apenas levar em conta o contexto do enunciado, mas também o contexto cognitivo com suas restrições epistê-micas e os possíveis diferentes contextos de recepção do mesmo enunciado. Tentaremos mostrar dife-rentes aspectos do que pode ser cha-mado de “ambiguidade prag-mática”, que parecem não ser corre-tamente considerados por Kripke, e conectá-los aos princípios básicos do princípio Cooperativo de Grice.
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