Caráter de espécie, procriação e morte: considerações sobre a doutrina schopenhaueriana da imortalidade na natureza

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2024.v24n1.p96-115

Palavras-chave:

Schopenhauer, Vontade, especie

Resumo

O artigo explicitará o sentido da afirmação de Schopenhauer de acordo com a qual pela doutrina da imortalidade na natureza, isto é, pela variação da espécie entre nascimento e morte, chega-se à compreensão da inexistência de mal algum na morte, já que o verdadeiro ser em si não finda. A partir da análise do capítulo 41 do Tomo II de O Mundo como vontade e representação, intitulado Sobre a morte e sua relação com a indestrutibilidade do ser, num primeiro momento, será elucidada a compreensão schopenhaueriana do caráter da espécie; posteriormente, serão explicitadas suas considerações sobre impulso sexual, procriação e morte e a tese da permanência da espécie “na infinitude do tempo” (W II, Cap. 41 p. 580); e, por fim, será destacada a presença destas questões na crônica O autor de si mesmo, de Machado de Assis, e na novela Sonata a Kreuzer, de Tolstói.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • José Fernandes Weber, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

    Professor do Departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Pesquisa financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/CNPq/Brasil, por meio da concessão de Bolsa de Pós-Doutorado Sênior (Processo: 101957/2022-0), desenvolvida como Estágio de Pós-Doutorado junto ao Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) supervisionada pelo Prof. Dr. Antonio Edmilson Paschoal e Bolsa de Produtividade em Pesquisa, nível 2 (Processo: 313373/2021-3).

  • Camila Gomes Weber, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

    Possui Graduação em Direito pela Universidade Norte do Paraná (2016) e Mestrado em Filosofia pela Universidade Estadual de Londrina (2023). Atualmente, é graduanda em Filosofia pela Universidade Estadual de Londrina e bolsista pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), participante do subprojeto filosofia do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). 

Referências

ANTONIASSI, E. B. Liberdade e redenção na filosofia de Arthur Schopenhauer. Dissertação de Mestrado. UEL, 2019.

ASSIS, M. O autor de si mesmo. In: Crônica: obras completas, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1979.

BALZAC, H. A comédia humana: ilusões perdidas. v. 7, Tradução: Ernesto Pelanda e Mario Quintana. São Paulo: Globo, 2013.

CACCIOLA, Maria Lúcia. “A morte, musa da filosofia”. In: Cadernos De Filosofia Alemã: Crítica E Modernidade, n. 9, p. 91-105, 2007.

CACCIOLA, Maria Lúcia. “A questão do Finalismo na filosofia de Schopenhauer.” In: Em Discurso, n. 20, p. 79-98, São Paulo: EDUSP, 1993.

DIAS, Rosa Maria. ““O Autor De Si Mesmo”: Machado De Assis Leitor De Schopenhauer”. In: Kriterion, Belo Horizonte, n. 112, p. 382-392, dez. 2005.

FONSECA, Eduardo Ribeiro. Psiquismo e vida: Sobre a noção de Trieb nas obras de Freud, Schopenhauer e Nietzsche. Curitiba: UFPR, 2012.

FONSECA, Eduardo Ribeiro. Uma estreita passagem: O conceito de corpo nas obras de Schopenhauer e Freud. Curitiba: UFPR, 2016.

LEFRANC, J. Compreender Schopenhauer. Tradução: Ephraim Ferreira Alves. Petrópolis: Vozes, 2005.

MATTIOLI, W. Morte, vida e destino em Schopenhauer e Freud: os “fins da natureza” na metafísica da vontade e na metapsicologia. In: Voluntas: Revista Internacional de Filosofia, Santa Maria, v. 11, n. 2, p. 348–381, 2020.

MAUPASSANT, G. Contos: A Morta. Tradução: Fabio Stieltjes, São Paulo: Unesp, 2020.

MOREIRA, F. S. Sobre a relação entre vida e vontade na metafísica da natureza de Schopenhauer. In: Voluntas: Revista Internacional de Filosofia, Santa maria, v. 2, n. 2, p. 44-62, jul./dez. 2011.

PESSOA, F. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar S.A., 1998.

SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e representação, Tomo I. Tradução Jair Barboza. São Paulo: UNESP, 2005.

SCHOPENHAUER, A. O Mundo como vontade e representação, Tomo II: Suplementos aos quatro livros do primeiro tomo. Tradução: Jair Barbosa. São Paulo: UNESP, 2015.

SCHOPENHAUER, A. Sobre a ética: parerga e paralipomena, Tomo II. Tradução: Flamarion Caldeira Ramos. São Paulo: Hedra, 2012.

SCHOPENHAUER, A. Sobre a quadrúplice raiz do princípio de razão Suficiente. Tradução: Oswaldo Giacóia Jr. e Gabriel Valladão Silva. Campinas: UNICAMP, 2019.

SCHOPENHAUER, A. Sobre a vontade na natureza. Tradução: Gabriel Valladão Silva. Porto Alegre: L&PM, 2013.

TABUCCHI, A. Os três últimos dias de Fernando Pessoa. Tradução: Roberta Barni. Rio de Janeiro: Rocco, 1997

TOLSTÓI, L. A Sonata a Kreutzer. Tradução: Boris Schnaiderman. São Paulo: Editora 34, 2007.

TOLSTÓI, L. Contos completos. Tradução: Rubens Figueiredo. São Paulo: Cosac & Naify, 2015.

Downloads

Publicado

2024-01-15

Edição

Seção

Artigos Temática Livre

Como Citar

WEBER, José Fernandes; WEBER, Camila Gomes. Caráter de espécie, procriação e morte: considerações sobre a doutrina schopenhaueriana da imortalidade na natureza. Revista Ágora Filosófica, Recife, PE, Brasil, v. 24, n. 1, p. 96–115, 2024. DOI: 10.25247/P1982-999X.2024.v24n1.p96-115. Disponível em: https://www1.unicap.br/ojs/index.php/agora/article/view/2469.. Acesso em: 29 abr. 2024.

Artigos Semelhantes

1-10 de 24

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.