A Realidade dos Dois Mundos e Dois Cidadãos em Agostinho

Uma Análise Ético-Político-Soteriológica a Partir da Relação Entre Livre-Arbítrio e Liberdade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2021.v21n2.p150-186

Palavras-chave:

Livre-arbítrio, Liberdade, Mundos, Agostinho

Resumo

O conceito de livre-arbítrio e liberdade a partir de Agostinho tornou-se imo desde a Antiguidade Tardia e o Período Medieval, tornando-se um alvitre na contemporaneidade. A estrutura lógico-argumentativa do pensamento agostiniano acerca do arbitrium fundamenta-se na ontologia do homem, especificamente na sua constituinte metafísica – a alma (animus).  Em sua argumentação, o Hiponense considera a liberdade humana como elemento vinculado à razão, o que diferencia o homem dos demais seres, para os animais, anima e para aquele, animus. Portanto, considerando esse conceito ontológico, foram analisados os dois estados metafísicos do homem e assim seus dois mundos. Dessa forma, Agostinho conceitua o livre-arbítrio como elemento necessário que direciona a vontade para os bens superiores (eternos) ou para os inferiores (temporais), o que permite classificar os dois mundos e seus respectivos cidadãos.

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Biografia do Autor

  • Gerson Francisco Arruda Júnior, Universidade Católica de Pernambuco

    Professor de Filosofia na Escola de Educação e Humanidades da Universidade Católica de Pernambuco, e coordenador do Programa de pós-graduação em Filosofia na mesma Universidade.

  • Marcone Felipe Bezerra de Lima, Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)

    Mestrando em filosofia no Programa de Pós-graduação em Filosofia da Universidade Católica de Pernambuco. Bolsista CAPES. É espercialista no Ensino da Filosofia e Docência no Ensino de Letras-Português.

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Publicado

2021-12-23

Edição

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Artigos

Como Citar

ARRUDA JÚNIOR, Gerson Francisco; LIMA, Marcone Felipe Bezerra de. A Realidade dos Dois Mundos e Dois Cidadãos em Agostinho : Uma Análise Ético-Político-Soteriológica a Partir da Relação Entre Livre-Arbítrio e Liberdade. Revista Ágora Filosófica, Recife, PE, Brasil, v. 21, n. 2, p. 150–186, 2021. DOI: 10.25247/P1982-999X.2021.v21n2.p150-186. Disponível em: https://www1.unicap.br/ojs/index.php/agora/article/view/1786.. Acesso em: 16 maio. 2024.

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