Nos 80 anos do irmão Marcelo Barros, monge do amplo ecumenismo e que muito inspira o nosso Observatório das Religiões na UNICAP, o seu Grupo Emaús, coletivo de teólog@s da libertação que é referência da reflexão teológica no Brasil, passou pelo Recife e deixou marcas do cristianismo dialogal e progressista. Trata-se de um grupo de intelectuais e militantes cristãos formado na década de 1970, com a finalidade de animar os movimentos sociais e as comunidades de base, numa perspectiva de libertação integral.
Mais de 30 membros do Emaús estiveram reunidos na Casa das Servas da Caridade, de 22 a 24 de novembro de 2024, para uma avaliação da sua caminhada. Além do encontro interno do Grupo, eles participaram de uma tarde de debate com estudiosos de religião na Católica de Pernambuco, sobre “As Teologias da Libertação, seus temas e métodos: de onde vêm e para onde vão”, onde compartilharam momentos marcantes dos 50 anos do coletivo. E também visitaram o Memorial Dom Helder Camara, a casinha do Dom nas Fronteiras, bem como subiram o Morro da Conceição para uma celebração de fé e resistência com a comunidade do padre Reginaldo Veloso, que encarna bem a Igreja dos Pobres sonhada pela teologia da libertação.
Além de Marcelo Barros, então, pudemos desfrutar da convivência de gente como Edward Guimarães, Cláudio Ribeiro, Francisco Aquino, Rosi Schwants, Magali Cunha, Tereza Cavalcanti, Frei Betto, Ivo Lesbaupin, Oscar Beozzo, Chico Alencar, Carlos Susin, Manfredo Oliveira, Celso Carias, Afonso Murad, Rose Costa… O professor Luca Pacheco, que cuida dos audiovisuais pra gente, preparou um pequeno documentário aí que resgata um pouco dos encontros inspiradores com esses mestres do Caminho em Pernambuco, além de testemunhos inspiradores que eles deixaram no Recife: