Encontrando as metáforas certas
um diálogo entre Karl Popper e Michel Maffesoli em torno da pós-modernidade
DOI:
https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2022.v22n3.p26-42Palabras clave:
metáfora, demarcação científica, pós-modernidade, determinismo.Resumen
A busca pelas palavras mais adequadas para descrever a pós-modernidade é um desafio tão difícil quanto tentar compreendê-la. Por isso, por meio de metáforas, o filósofo e sociólogo Michel Maffesoli encontra maneiras de dizê-la menos judicativas, dirimindo ao máximo, possíveis projeções ou distorções sobre esse novo cenário. Nesse sentido, o presente artigo explora dois pontos do pensamento de Karl Popper que visam contribuir com a caracterização de traços gerais do cenário pós-moderno. O primeiro deles consiste no uso da metáfora ‘Das nuvens e relógios’. Ela será um recurso que examinaremos comparativamente para demonstrar alguns elementos que nos possibilitem levantar uma circunscrição possível sobre a pós-modernidade. Dessa perspectiva mais compreensiva do que projetiva, emerge nosso segundo ponto, a noção de demarcação científica que deve ser explorada a partir do pensamento popperiano. Ela deve nos auxiliar a construir uma crítica tanto ao determinismo que paira sobre as Ciências Sociais, quanto ao saber instituído que, por meio de uma atitude dogmática, impede leituras mais refinadas e atentas à realidade social.
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