MORTE E ALÉM

No dia 26 de março de 2025, a partir das 10h, vamos ter a defesa da tese de doutorado em Ciências da Religião na UNICAP de Ana Cristina Rodrigues de Vasconcellos, com o título “Com que roupa eu vou? Costurando a relação da morte com a Inteligência Espiritual pela agulha das Ciências da Religião”. A sessão, que será online por aqui, terá uma banca examinadora composta pelos doutores Gilbraz de Souza Aragão (orientador), Zuleica Dantas Pereira Campos (titular interno), Silverio Leal Pessoa (titular interno), Daniele de Castro Pessoa de Melo (ITP – titular externo) e Carlos Gustavo Garcia (UNIAN – titular externo).

Ana Cristina de Vasconcellos participa do nosso Observatório das Religiões no Recife e é doutoranda em Ciência da Religião pela Universidade Católica de Pernambuco, mestre em Teologia – área Educação e Religião pelo Instituto Ecumênico de Pós-Graduação em Educação e Teologia de São Leopoldo, especialista em Terapia Analítico Comportamental pelo PSICOLOG em Ribeirão Preto, especialista em Informática na Educação pela Universidade Luterana do Brasil, bacharel em Psicologia pelo Instituto Porto Alegre da Igreja Metodista, licenciada em Pedagogia pela Universidade Castelo Branco Rio de Janeiro. Atuou como professora universitária no Instituto Porto Alegre da Igreja Metodista, diretora de ensino da AMTEC – Porto Alegre, professora universitária na AFARP, psicóloga no CAEERP em Ribeirão Preto, professora, coordenadora de curso e diretora acadêmica na faculdade IBRATEC em Recife, psicóloga no Colégio Soberano em Jaboatão dos Guararapes, professora de Pós Graduação na ESM de Recife. Trabalhou como assessora pedagógica na SOMOS, realizando palestras para colégios de educação básica, atuou como diretora de projetos e professora da Faculdade Vale do Pajeú, docente na UNIFVB no curso de Psicologia e Recursos Humanos. Atua como psicoterapeuta na modalidade online. É coordenadora do curso de Psicologia no Centro Universitário Anhanguera Niterói e faz parte do Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (BASis) – INEP/MEC, sendo também parecerista de artigos científicos na REFLEXUS – Revista Semestral de Teologia e Ciências das Religiões.

Na tese, Ana explora a complexa relação entre a morte, suas diversas fases e o desenvolvimento da Inteligência Espiritual, com ênfase em como esses aspectos influenciam a experiência humana diante da finitude. A pesquisa investiga o medo da morte e as estratégias de sua negação ao longo do tempo, destacando as transformações culturais e sociais que moldaram a forma como as sociedades lidam com o fim da vida. Também se examina o papel dos rituais, cerimônias e festas relacionadas à morte, como funerais e períodos de luto, no processo de enfrentamento da perda. A Inteligência Espiritual é abordada como um recurso fundamental para ajudar a pessoa a lidar com a morte com mais serenidade, oferecendo um sentido de propósito e compreensão mais profunda sobre a finitude. A tese propõe uma visão holística que integra os aspectos emocionais, espirituais e culturais, enfatizando a importância de se desenvolver práticas que possam ajudar a enfrentar o medo e o mistério da vida, proporcionando uma abordagem mais compassiva e significativa no processo de morrer e no luto. Uma tese sem nada a ver com o “outro mundo” – só que não!

Você já parou para pensar na roupa para sua partida? Um cemitério no interior escreveu no muro a sugestiva frase “Nós que aqui estamos por vós esperamos”, recordando que viemos todos do pó e a ele retornaremos, independentemente dos nossos feitos e defeitos – a morte nos iguala e lembra nossa comum condição. Com certeza, lembrar da morte (e pensar na vida para além) é bom para revisar a história, seja da sociedade, seja da gente mesmo. Afinal, toda cultura – e religião – começa quando os humanos se dão conta da morte e passam a cuidar dos seus cadáveres, enfeitando-os com sinais da esperança em “outra vida”. Mas isso requer um pouco de coragem: “A coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele”, dizia Nelson Mandela. Aos corajosos, pois, fica o convite para a defesa de Ana: um momento propício para se refletir sobre “Com que roupa eu vou”?!

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