QUAL É MESMO A RELIGIÃO DA GENTE?

 

O Fórum Inter-Religioso da UNICAP, organizado pelo nosso Observatório, articula desde 2007 uma série de encontros com animadores das tradições espirituais da região, para re-conhecimento humano da fé e exercício do respeito à diversidade de suas expressões, para reflexão sobre a vivência pluralista do sagrado e ensaio de uma mística trans-religiosa. Após estudar as principais religiões no Recife e também aprofundar temáticas transversais às grandes tradições espirituais, o Fórum da UNICAP está se debruçando agora sobre os desafios teóricos, fenomenológicos e hermenêuticos, para a compreensão crítica e engajada da nossa religiosidade.

O fenômeno religioso tem grande importância em nossa sociedade, desde os primeiros momentos da história brasileira, quando as crenças ameríndias, o catolicismo lusitano e as religiões africanas aqui se encontraram para formar um lastro de crenças e vivências espirituais; que se tornou ainda mais complexo nos últimos tempos, quando outras denominações cristãs, religiões orientais, islamismo e judaísmo implantaram-se entre nós, diversificando o nosso panorama religioso e conferindo-lhe grande vitalidade e diversidade.

O cenário religioso brasileiro contemporâneo, portanto, é muito dinâmico. E diante dos dados do Censo IBGE 2010 ficamos intrigados com o crescimento dos “sem religião” e, ao mesmo tempo, dos espiritismos. Mas o Censo não revela tudo: tem também o vigor e as combinações dos pentecostalismos cristãos, além das crises e reações do catolicismo, o ressurgimento das vivências de transe e o aparecimento de uma espiritualidade trânsfuga em redes sociais e caminhadas turísticas. Afinal, para onde vão as religiões no Brasil? Qual é mesmo a religião da gente?

Dia 10 de abril, segunda-feira, das 17 às 18h30, na sala de teleconferências (térreo do bloco G4) da Universidade, temos uma sessão do Fórum com o tema Transformações religiosas no Brasil: para além do Censo. Participarão da roda de conversa Vanessa do Carmo, Mailson Cabral e Karina Oliveira. A entrada é franca para quem tem interesse em debater, com esses geógrafos, turismólogos e historiadores, cientistas da religião enfim, sobre os portais para a transcendência do nosso povo, suas velhas e novas configurações.

 

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