FENOMENOLOGIA EXISTENCIAL DA MORTE: DA COMUNHÃO A ETERNIZAÇÃO DO SER AMADO
DOI:
https://doi.org/10.25247/paralellus.2017.v8n18.p307-325Palavras-chave:
Fenomenologia. Morte. Comunhão. Eternização. Marcel.Resumo
A proposta inscreve-se nos debates sobre Filosofia, Ciências da Religião e Formação Humana. Seu objetivo é analisar, à luz das contribuições Filosóficas e Metafísicas de Gabriel Marcel, o modo como a Fenomenologia existencial da morte se desvela entre a comunhão e a eternização do ser amado. Neste sentido, procuramos problematizar as diferenças entre as concepções de Martin Heidegger e Karl Jaspers, por compreender que elas representam as reflexões que reconhecem o conceito de transcendência como o princípio que caracteriza a vida humana e suas respectivas relações numa determinada época. Trataremos sobre a metafísica da morte, da decisão existencial à eternização do ser, o fascínio da morte, o “ser-para-a-morte”, em Martin Heidegger, da minha morte à tua morte. Falaremos sobre a morte como situação-limite, em Karl Jaspers, a morte do ser amado. Veremos como a meditação sobre a morte dos seres que amamos abre, definitivamente, a grande via que permite a compreensão deste mistério em Marcel, enquanto fulcro existencial e fundamento daquilo que o Ser é no mais íntimo de sua condição humana. Pretendemos por um lado, interrogar sobre as diversas concepções acerca da morte e, por outro lado, equacionar as possibilidades da busca por um sentido formativo para existência humana. Recorremos a estas inquietações, no âmbito de uma sociedade marcada pelo primado da cultura da barbárie sobre o humano e da reprodução de saberes sobre o pensar e o fazer sócio-religioso.
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Referências
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