O lugar do testemunho, do acontecimento e das memórias em Ilda Quintas Gomes

Autores/as

  • Yuri Manuel Francisco Agostinho Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

DOI:

https://doi.org/10.25247/hu.2022.v9n18.p235-253

Palabras clave:

Ilda Quintas Gomes, História oral, Memória

Resumen

Por um caminho que se aproxima a uma Ego-história, procurarei apresentar como a minha trajetória acadêmica e de pesquisa vão ao encontro do testemunho do acontecimento e das memórias de Ilda Quintas Gomes. Uma mulher cujas narrativas são vistas como um instrumento de luta, porquanto nelas é possível encontrar vários significados. Neste artigo irei posicionar-me nas margens de um fazer histórico que se constitui num diálogo entre a memória e a história oral. Também, irei colocar-me na posição de neto de Ilda Quintas Gomes, entrevistador e daquele que traz e vos escreve uma pequena trajetória de vida de uma mulher que pode ser significativa em termos daquilo que é, o entendimento relativo às questões que agenciam a história oral como metodologia válida para a reconstrução do conhecimento histórico.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Biografía del autor/a

  • Yuri Manuel Francisco Agostinho, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

    Doutorando em História pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE.

Referencias

AGOSTINHO, Yuri Manuel Francisco. Realimentar as narrativas sobre o continente africano no presente e recriar a imagem do passado: tarefas de um viajante. Dados de África (s).Vol. 02, nº. 04, 2021, p. 71-85. Disponível em: https://www.revistas.uneb.br/index.php/dadosdeafricas/article/view/14710 Acesso em: 03/09/2022.

ANKERSMIT, Franklin Rudolf. A escrita da história: a natureza da representação histórica. Trad. Jonathan Menezes... [et al.]. – Londrina: Eduel, 2016.

ARAÚJO, Ana Cristina Bartolomeu. [Recensão a] Pierre Chaunu, Georges Duby, Jacques Le Goff, Pierre Nora e outros, Ensaios de Ego-História. Imprensa da Universidade de Coimbra, 1989, p. 683-685. Disponível: http://hdl.handle.net/10316.2/42927 Acesso em: 06/06/2022.

BALANDIER, G. A Noção de Situação Colonial. Cadernos de Campo (São Paulo - 1991), [S. l.], v. 3, n. 3, 1993 p. 107-131. DOI: 10.11606/issn.2316-9133.v3i3p107-131. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/50605 Acesso em: 27 ago. 2022.

BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas. Magia e Técnica. Arte e Política. Trad. Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.

BERGSON, Henri. Memória e vida. Textos escolhidos. Trad. Claudia Berliner. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.

CAHEN, M. Seis teses sobre o trabalho forçado no império português continental em África. Revista África, [S. l.], n. 35, p. 129-155, 2015. DOI: 10.11606/issn.2526-303X.v0i35p129-155. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/africa/article/view/126697. Acesso em: 13 out. 2022.

CARREIRA, A.. Angola, da escravatura ao trabalho livre. Subsídios para a história demográfica do século XVI até à Independência. Lisboa: Arcádia, 1977.

CEAUP (Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto) (Coord.). Trabalho forçado africano: Experiências coloniais comparadas. Porto: Campo das Letras, 2006.

CEAUP (Coord.). Trabalho forçado africano: Articulações com o poder político. Porto: Campo das Letras, 2007.

CEAUP (Coord.). Trabalho forçado africano: O caminho de ida. Ribeirão (Portugal): Húmus, 2009.

CERTAU, Michel de. A Escrita da História. Trad. Maria de Lourdes Menezes. Rj: Forense – Universitária, 1982.

CERTAU, Michel de. As artes de fazer. A invenção do cotidiano. Petrópolis: Editora Vozes, 1998.

COLE, Anna. The History That Has Made You. Ego-Histoire, Autobiography and post colonial history. Life Writing, 16:4, 2019, p. 527-538. Doi: https://doi.org/10.1080/14484528.2019.1633249

CONCEIÇÃO NETO, Maria da. De Escravos a “Serviçais”, de “Serviçais” a “Contratados”: Omissões, perceções e equívocos na história do trabalho africano na Angola colonial. Cadernos de Estudos Africanos [Online], 33, 2017, p. 107-129. Consultado: 29 julho 2022. Disponível: URL: http://journals.openedition.org/cea/2206; DOI: https://doi.org/10.4000/cea.2206.

CONCEIÇÃO NETO, Maria da. Maria do Huambo: uma vida de indígenas. Colonização, estatuto jurídico e discriminação racial em Angola (1926-1961). In: África (São Paulo, 1978, Online), São Paulo, n. 35, 2015, p. 119 -127.

COSTA, juliana Rocha de Azevedo da. A história como testemunho. “eu estava lá”. Natal, RN, Tese (doutorado) Universidade Federal do rio Grande do Norte, 2019.

DIEHL, Astor Antônio. Cultura Historiográfica: memória, identidade e representação. Bauru; SP: EDUSC, 2002.

FARGE, Arlette. Lugares da história. Trad. Fernando Sheibe. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.

FONTE, Maria Manuela Afonso da. Urbanismo e Arquitectura em Angola- de Norton de Matos à Revolução. Dissertação para Doutoramento em Planeamento Urbanístico. Universidade Técnica de Lisboa: Faculdade de arquitectura, 2007.

GUIMARÃES NETO, Regina Beatriz. Historiografia, diversidade e história oral: questões metodológicas. In: MONTENEGRO, Antonio Torres … (et. al,) (org). História Oral, desigualdades e diferenças. Recife: Editora UFPE, 2012.

GUIMARÃES NETO, Regina Beatriz; MONTENEGRO, Antonio. Testemunho, narrativa e historiografia. In: AMORIM, Helder Remigio de …(et. al,) (org). História em debate: cultura, intelectuais e poder. Curitiba: Appris, 2020.

HAN, Byung-Chul. O que é poder. Petrópolis, RJ: Vozes, 2019.

IZQUIERDO, Ivan. Memória. Porto Alegre: Artmed, 2018.

JABLONKA, Ivan. La historia es una literatura contemporânea: manifesto por las ciências sociales. Ciudad Autónoma de Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 2016.

JENKINS, Keith. A História Repensada. 3. ed. Trad. de Mário Vilela. São Paulo: Contexto, 2009

JUCÁ, Gisafran Nazareno Mota. Seminário da Prainha: limites e possibilidades da “ego-história” como opção metodológica. Clio – Série Revista de Pesquisa Histórica, n.25-2, 2007, p. 293-321.

MONTENEGRO, Antonio Torres. História e memória: combates pela história. História Oral, V.10, n.1, Jan-jun, 2007, p. 27- 42.

MONTENEGRO, Antonio Torres. História oral e memória: a cultura popular revisitada. São Paulo: Contexto, 1994.

MONTENEGRO, Antonio Torres. História, metodologia, memória. São Paulo: Contexto, 2009.

MONTENEGRO, Antonio Torres. Travessias e desafios. In: MONTENEGRO, Antonio Torres … (et. al,) (org). História Oral, desigualdades e diferenças. Recife: Editora UFPE, 2012.

PENNA, Antonio Gomes. Introdução à Aprendizagem e Memória. Rio de Janeiro: Imago Ed, 2001.

REZENDE, Eliana Almeida de Souza. Um ensaio de ego-história. Revista Sustinere, Rio de Janeiro, v. 4, n. 1, jan-jun, 2016, p. 144-153. Disponível: https://pdfs.semanticscholar.org/18b9/13a062b1d494268535d661d1c1cf6b7acad0.pdf Acesso em: 07/06/2022.

RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2007.

ROUX-LANIER, C. et al. A Cultura Geral de A a Z. Lisboa: Plátano editora, 2007.

THOMPSON, Paul. A voz do passado: história oral. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

Publicado

2022-12-29

Cómo citar

AGOSTINHO, Yuri Manuel Francisco. O lugar do testemunho, do acontecimento e das memórias em Ilda Quintas Gomes. HISTÓRIA UNICAP , Recife, PE, Brasil, v. 9, n. 18, p. 235–253, 2022. DOI: 10.25247/hu.2022.v9n18.p235-253. Disponível em: https://www1.unicap.br/ojs/index.php/historia/article/view/2251.. Acesso em: 23 nov. 2024.

Artículos similares

41-50 de 254

También puede Iniciar una búsqueda de similitud avanzada para este artículo.