MULHER NEGRA E O ACESSO À JUSTIÇA
UMA ANÁLISE DAS LEIS EFICAZES EM GARANTIR SEUS DIREITOS
DOI :
https://doi.org/10.25247/2764-8907.2022.v1n1.p222-251Mots-clés :
Acesso à justiça, Processo civil, Mulher negra, Racismo, MachismoRésumé
Primeiramente, será abordado o avanço do acesso à justiça da população brasileira, em especial da mulher negra a qual se encontra em uma interseção de grupos marginalizados e sofre tanto com o machismo quanto o racismo estrutural da sociedade. A garantia do acesso à justiça, ainda que prevista formalmente desde a Constituição de 1946, por vezes não alcança toda a sociedade, seja pela desigualdade socioeconômica ou por falta de iniciativas legislativas para dirimir tais desigualdades. No presente artigo, estudou-se dos avanços legislativos aprovados desde a Constituição Federal de 88, a saber: Código de Defesa do Consumidor, a Lei dos Juizados Especiais, o Código de Processo Civil de 2015 e a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006); e como essas leis mudaram a vida das mulheres. As entrevistas com mulheres negras e brancas, as últimas como controle, buscaram extrair da experiência concreta como a população negra feminina acessa seus direitos.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>, Acesso em: 10/04/2022.
BRASIL. Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 1946. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao46.htm>. Acesso em: 10/04/2022.
BRITO, Igor Barreto. SANTOS, Ricardo Goretti. O papel do PROCON na defesa qualificada dos interesses dos consumidores: o acesso à justiça e os métodos de resolução de conflitos de consumo. Revista Eletrônica de Direito Processual, v. 4, n. 4, 2009. Disponível em <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/redp/article/view/21619/15644>. Acesso em: 09/03/2022.
CAPPELLETTI, Mauro. Acesso à Justiça. Tradução de Ellen Gracie Nothfleet. Porto Alegre, Fabris, 1988.
CARRIL, Lourdes de Fátima Bezerra; PALHETA, Iraci Gomes de Vasconcelos. Quilombo, favela e periferia: a longa busca da cidadania. Universidade de São Paulo, 2003.
COSTA, Bruna Santos. Homicídios cruéis de mulheres por violência doméstica no DF e a Lei Maria da Penha. Revista Jurídica da Presidência, Brasília, v. 17, n. 111. Fev/Maio 2015, p. 87-106.
FERREIRA, A. E. C. S; CARVALHO, C. H. Escolarização e Analfabetismo no Brasil: Estudo das Mensagens dos Presidentes dos Estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Norte (1890_1930). In: XII Encontro de pesquisa em Educação / Centro Oeste, 2014, Goiânia. Escolarização e analfabetismo no Brasil: Estudo das Mensagens dos Presidentes dos Estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Norte (1890-1930). Goiânia: UFG, 2014. p. 1-12. Disponível em: https://sites.pucgoias.edu.br/pos-graduacao /mestrado-doutorado-educacao/wp-content/uploads/sites/61/2018/05/Ana-Em%C3%ADlia-Cordeiro-Souto-Ferreira_-Carlos-Henrique-de-Carvalho.pdf
FERRO, S. P. Repensar a República: Sexualidade e Racialidade em Análise Constitucional. Revista Jurídica Legalislux ISSN 2763-9584, 2. 2020. Disponível em http://periodicosfacesf.com.br/index.php/Legalislux/article/ view/49.
GONZALES, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. Organização por Flávia Rios e Márcia Lima. Rio de Janeiro: Editora Schwarcz SA, 2020.
HOOKS, bell. Olhares negros: raça e representação. Tradução de Stephanie Borges. São Paulo: Elefante, 2019.
MENDONÇA, Lenny; SUTTON, Robert. Como obter sucesso na era do código aberto. Entrevistado: Mitchekk Baker. HSM Management, São Paulo, ano 12, v. 5, n. 70, p. 102-106, set./out. 2008.
MOREIRA, Adilson José. O que é Discriminação? Belo Horizonte: Letramento: Casa do Direito: Justificando, 2017
PINHO, Dandara Amazzi Lucas. Direito e Relações Raciais: o pensamento da jurista negra Dora Lúcia de Lima Bertulio. SILVA, Edith Amara Rodrigues da; MUNIZ, Veyzon Campos (Organizadores). Direito Antirracista e antidiscriminatório. Salvador: Editora Studio Sala de Aula, 2021. P. 45 – 61.
PINHO, Humberto Dalla Bernadina. STANCATI, Maria Maria Martins Silva. A ressignificação do princípio do acesso à justiça à luz do art. 3º do CPC/2015. Revista de Processo. Vol. 254/2016. P. 17-44. 2016.
ROSTELATO, Telma Aparecida. A transmutação da significância do acesso à justiça (incluindo-se a abrangente conceituação de direitos humanos), nas constituições do Brasil. Revista Eletrônica Direito e Sociedade, Canoas. Vol. 02, nº 2. p. 115-136, nov. 2014. Disponível em: https://svr-net15.unila salle.edu.br/index.php/ redes/article/view/1562
SEIXAS, Bernardo Silva de; SOUZA, Roberta Kelly Silva. Evolução histórica do acesso à justiça nas constituições brasileiras. Direito e Democracia, Canoas: Canoas, v. 14, 2013. Disponível em: <http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/direito/article/viewFile/2660/1883> Acesso em: 05/08/2021.
VIEIRA, L. S.; BEZERRA, M. G. Análise Acerca do Princípio Constitucional do Acesso à Justiça Perante as Diretrizes do Novo CPC. Caderno De Graduação - Ciências Humanas E Sociais - UNIT - SERGIPE, 3(3), 29. 2016. Disponível em: <https://periodicos.set.edu.br/cadernohumanas/article/view/ 3124> Acesso em 01/08/2021.
VITOVSKY, Vladimir Santos. O acesso à justiça no novo Código de Processo Civil: continuidades, inovações e ausências. Revista CEJ, Brasília, Ano XIX, n. 67, p. 7-17, set/dez, 2015. Disponível em: <https://www.corteidh.or.cr/tablas/r35433.pdf> Acesso em: 30/07/2021.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Sergio Torres Teixeira, Kilza Cavalcanti 2022
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem a Direito, Processo e Cidadania o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta Revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que reconheça e indique a autoria e a publicação inicial nesta Revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer momento depois da conclusão de todo processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).