ENGRENAGENS INTERNAS DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
DOI :
https://doi.org/10.25247/2764-8907.2022.v1n1.p51-68Mots-clés :
CNJ, Desenho Institucional, Regimento InternoRésumé
O presente artigo analisa o funcionamento interno dos órgãos que integram o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pesquisa, de natureza qualitativa, é descritiva e se utiliza das ferramentas de revisão bibliográfica e análise documental para evidenciar relevantes engrenagens da instituição. Os resultados indicam: i) que existem alguns espaços de poder valorizados pelo regimento interno do CNJ ocupados por magistrados da cúpula judicial (Presidência, Corregedoria e Secretaria-Geral); ii) esses espaços valorizados possibilitam controle de determinados aspectos da agenda e na possibilidade de propor normas; iii) as competências/atribuições do plenário são permeadas por questões atinentes à Independência, Accountability e Gestão do Judiciário. Trata-se de esforço para contribuir com a agenda de estudos sobre o conselho judicial brasileiro, particularmente por explorar um prisma ainda pouco debatido pelos pesquisadores da área.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
BOBEK, Michal; KOSAR, David. Global Solutions, Local Damages: A Critical Study in Judicial Councils in Central and Eastern Europe. Department of European Legal Studies Research Paper in Law, 2013.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília, 1988.
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução nº 02/2005. Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça. Brasília, 2005.
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução nº 67/2009. Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça. Brasília, 2009.
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução nº 103/2010. Dispõe sobre as atribuições da Ouvidoria do Conselho Nacional de Justiça, determina a criação de ouvidorias no âmbito dos Tribunais e dá outras providências. Brasília, 2010.
CARVALHO, Ernani. O controle externo do Poder Judiciário: o Brasil e as experiências dos Conselhos de Justiça na Europa do Sul. Revista de Informação Legislativa, Brasília, v. 43, n. 170, p. 99-109. abr./jun. 2006.
CARVALHO, Ernani; LEITÃO, Natália. O poder dos juízes: Supremo Tribunal Federal e o desenho institucional do Conselho Nacional de Justiça. Rev. Sociol. Polit. Curitiba, v. 21, n. 45, Mar. 2013.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA. Manual de Organização. 11º ed. Brasília: Conselho Nacional de Justiça, 2021.
COSTA FILHO, José Vinicius da; CARVALHO, Ernani. Controle democrático e independência do judiciário: os Conselhos Judiciais na América Latina. In: REBOUÇA, Gabriela M.; SOUZA JÚNIOR, José G.; CARVALHO, Ernani R. (org). Experiências Compartilhadas de acesso à Justiça: Reflexões teóricas e práticas. 1. ed. Santa Cruz do Sul: Essere nel Mondo, 2016.
COSTA FILHO, J.V. Aos magistrados tudo?: uma análise das decisões do Conselho Nacional de Justiça (2005-2015). Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Ciência Política, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.
FRAGALE FILHO, R. O Conselho Nacional de Justiça e seus Possíveis Impactos Institucionais. 35º Encontro Anual da Anpocs, Caxambu, 24-28 de outubro, 2011.
FRAGALE FILHO, R. Conselho Nacional de Justiça: desenho institucional, construção de agenda e processo decisório. Dados, Vol. 56, n.4. Rio de Janeiro. Out/dez 2013.
GAROUPA, Nuno; GINSBURG, Tom. The economics of Judicial Councils. Latin American and Caribbean Law and Economics Association (ALACDE) Annual Papers, Berkley Program in Law and Economics, UC Berkeley. 2007.
GAROUPA, Nuno; GINSBURG, Tom. Guarding the Guardians: Judicial Councils and Judicial Independence. American Journal of Comparative Law, vol. 57, pp. 201-232. 2009a.
GAROUPA, Nuno; GINSBURG, Tom. The Comparative Law and Economics of Judicial Councils. Berkeley Journal of International Law (BJIL). U Illinois Law & Economics Research Paper No. LE08-036. 2009b.
HAMMERGREN, L. Do Judicial Councils Further Judicial Reform? Lessons from Latin America. Rule of Law Series, Washington, n. 28, p. 1-44, jun. 2002.
MALUF, Paulo José Leonesi. Conselho Nacional de Justiça: análise de sua competência disciplinar. 2013. 184 f. Dissertação (Mestrado em Direito do Estado) – Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.
SADEK, M. T. Poder Judiciário: Perspectiva de reforma. Opinião Pública. v. X, nº1, p. 01-62. ISSN 0104-6276. mai., Campinas. 2004a.
SADEK, M. T. Judiciário: mudança e reforma. Estudos Avançados. v. 18, n. 51: p. 79-101. ISSN 0103-4014. ago. 2004b.
PAIVA, Grazielle Albuquerque Moura. A reforma do judiciário no Brasil: o processo político de tramitação da emenda 45. 2012. 154 f. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas e Sociedade) – Universidade Estadual do Ceará, 2012.
SADEK, M. T. Poder Judiciário: Uma Nova Instituição. Cadernos Adenauer, n. 1, p. 13-21, 2010.
TOMIO, Fabrício Ricardo de Limas; ROBL, Ilton Norberto Filho. Accountability e independência judiciais: uma análise da competência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 21, n. 45, p. 13-27, mar. 2013.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright José Vinicius da Costa Filho, Thiago Augusto de Oliveira Marinho Ferreira, Marcos José Gonçalves 2022
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem a Direito, Processo e Cidadania o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta Revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), desde que reconheça e indique a autoria e a publicação inicial nesta Revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer momento depois da conclusão de todo processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).