Dialética do ser para si
realidade x idealidade
DOI:
https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2022.v22n2.p05-30Palavras-chave:
Realidade-idealidade, Uno-múltiplo, Repulsão-atração, Ontologia, EpistemologiaResumo
O ser para si no final da 1ª seção da Doutrina do Ser de Hegel apresenta o movimento das categorias do ser para si como dialética da realidade e da idealidade, do uno e múltiplo e da repulsão e atração. O objetivo é explicitar como a qualidade alcança na categoria do ser para si o seu momento mais elevado que implica a sua superação para a quantidade. Ou seja, o que constitui a necessidade lógica da suprassunção da qualidade em quantidade? Em primeiro lugar, descrevemos a dialética do ser para si e do ser para uno e a dialética do uno e do múltiplo; depois, reconstruímos a dialética da repulsão e da atração sendo, de um lado, a crítica do conceito de matéria entendida como força a priori externa; e de outro, a elaboração do conceito de matéria a partir de uma nova metodologia epistemológica que estrutura a ontologia hegeliana. Enfim, tratamos da transição do ser para si qualitativo para a ser quantitativo como estruturação da lógica no processo de avanço da determinação das categorias mais abrangentes da Doutrina do Ser. A dialética do ser para si situa-se na transição da qualidade para a quantidade como uma virada onto-epistêmica que aponta a importância da transformação da substância em subjetividade conceitual.
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