Dimensão cultural e artística das línguas bantu
DOI:
https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2024.v24n2.p115-126Palabras clave:
Línguas Bantu, Comunidade Linguística, Direitos Linguísticos, violaçãoResumen
O presente texto aborda a Dimensão Cultural e Artística das Línguas Bantu. As línguas Bantu são o único meio de expressão da arte de Angola. Logo, não há arte sem línguas angolanas. Num país onde o estado impõe a privação ao uso público ou privado das línguas locais enquanto direitos fundamentais das pessoas, não se pode falar de arte de Angola, já que só por meio dessas línguas o artista pode expressar os valores culturais, políticos e artísticos dos Povos de Angola. As Línguas Bantu ocupam a última posição com uma dimensão de línguas depreciadas. Assim, constitui objectivo deste texto analisar até que ponto as Línguas Bantu de Angola exprimem toda a racionalidade dos povos que as falam. Esta comunicação resulta, pois, das minhas experiências vividas em tribunais e escolas das comunidades rurais. Em tribunais, assisti a determinadas sessões de julgamento onde o juiz que se expressa em bom português não é entendido pelo acusado e pela testemunha que se expressam em qualquer língua bantu. Verificou-se que os grandes centros urbanos, consideradas sociedades civilizadas, que dominam a norma culta e detêm um número considerável de polícia, de guardas nos quintais, registam cada vez mais acções criminosas diversas em relação às comunidades rurais, onde não há policiais. Esses factos díspares devem-se aos valores éticos e morais impregnados nas línguas de cada comunidade.
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