Colonialidade e Extrativismo Minerador
Despolitização da paisagem regional e a devastação ambientalno continente latino-americano
Palavras-chave:
acumulação por despossessão, neoextrativismo progressista, eco-política critica latino-americanaResumo
O deslocamento de povos indígenas ancestrais tem sido uma prática constante de parte das empresas transnacionais instaladas em enclaves mineradores que operam no continente latino-americano. Esta situação vem ocasionando uma descontinuidade do bem viver dessas comunidades, sua relação com o meio ambiente, sua cultura milenar e suas culturas de subsistência. Os estados nacionais, progressistas ou conservadores, entendem que a abundância dos recursos naturais tem favorecido a consolidação de um modelo extrativista exportador que vem se apresentando como única alternativa ao desenvolvimento do continente. A transformação da paisagem regional e urbana da maioria dos territórios que adotaram o extrativismo minerador, a experiencia chilena especificamente, nos oferece um modelo representativo de estudo exploratório nesse sentido. Objetivando aportar uma melhor compreensão do problema de pesquisa centralizado na devastação ambiental ocasionada pela atividade mineradora, essencialmente no que diz respeito à gestão dos recursos hídricos e às restrições impostas ao seu consumo de parte dos povos originários, registra-se que este último tem alcançado niveis críticos à reprodução de sua cultura de subsistência. Os eixos de investigação teórica que fundamentam esta reflexão privilegiam a colonialidade do território com a finalidade de caracterizar a despolitização da paisagem regional devastada pela atividade mineradora. Estudos pos coloniais em ecopolítica crítica objetivam focar a descolonização do Estado e a preservação do valor integral da vida.
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