A MATRIZ RELIGIOSA BRASILEIRA A PLASTICIDADE HÍBRIDA DA FÉ
Palavras-chave:
Matriz Religiosa Brasileira, Hibridismo, Campo ReligiosoResumo
Este artigo se propõe à reflexão sobre a Matriz Religiosa Brasileira (MRB) que apresenta uma característica de hibridismo, dependente de negociações com identidades individuais e coletiva, e para dar respostas ao contexto se estrutura sob o que é plausível. Em suas crises de sentido a “teia” é rompida e novas configurações são necessárias e, na reconstrução do que é possível, tem-se o Hibridismo Religioso – uma “interface” de culturas e de identidade, sempre coletiva e seletiva. Quanto mais tradicional a estrutura, menos mudanças e, ao contrário, quanto mais moderna, maiores alterações. Verificou-se que a criatividade foi a competência sócio ética que o povo brasileiro empregou para lidar com os conflitos religiosos entre desiguais, sendo a marca da originalidade da Matriz Religiosa Brasileira, a qual denomineis de Plasticidade Hibrida da Fé, antecipando-se em séculos o fenômeno da fluidez nas concepções e no dinamismo das vivências transcendentais e religiosas da pós-modernidade. Na conceituação teórica utilizamos a Teoria do Campo Religioso de Bourdieu, ainda atual para o Brasil, devido à característica da Religiosidade Brasileira, na disputa pelos “fiéis”. O uso e a superposição na mídia dão o tom de “religião clientelista”, na oferta de bens materiais em retribuição aos bens pecuniários que são depositados nos “campos da fé” sob a promessa quase mágica de transpor a problemática humana apenas com o uso de forças sobrenaturais.
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