HERANÇAS E SINCRETISMOS NA IMAGINÁRIASACRA BRASILEIRA: OS ORATÓRIOS AFRO-BRASILEIROS

Autores

  • Juane Braúna Alves Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) Autor

Palavras-chave:

Arte sacra, Imaginária, Oratórios

Resumo

Os oratórios domésticos têm uma longa tradição no Brasil, tendo raízes no período colonial. Eles desempenharam um papel significativo na vida religiosa das famílias brasileiras, oferecendo um espaço dedicado à oração, devoção e contemplação dentro de seus lares. Além de promover a espiritualidade, esses oratórios ajudaram a preservar e difundir a fé católica no país. No Brasil existem diversas tipologias de oratórios, podendo ser de manufatura erudita ou manufatura popular. É neste contexto que temos os oratórios afro-brasileiros. Dotados de um rico simbolismo e elementos que não são encontrados de manufatura erudita, os oratórios afro-brasileiros apresentam um processo de aculturação e sincretismo que reflete o período colonial brasileiro. Os oratórios afro-brasileiros são objetos de emolduramento de memória e expressam a realidade de um grupo social (SOUZA, 2013, p. 82). Como posto por Eduardo Etzel, o negro aculturou-se, mas também resistia tenazmente nessa falsa aculturação. A presente comunicação pretende, a partir de uma revisão bibliográfica, investigar os oratórios afro-brasileiros como ferramenta de ressignificação de símbolos religiosos e sobrevivência e resistência da fé de matriz africana a partir da mesclagem dos elementos visuais vindos da cultura africana aos do catolicismo brasileiro bem como, pretende-se explicitar os elementos artísticos e iconográficos que os diferenciam e os destacam dos demais.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Juane Braúna Alves, Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)

    Bacharel em Museologia pela Universidade Federal de Pernambuco. Mestranda em Ciências da religião na Universidade Católica de Pernambuco.

Referências

RODRIGUES, Lucas. As formas do perene: os oratórios domésticos devocionais em Minas Gerais e seus antecedentes europeus- estudo histórico, estilístico e iconográfico (Séc XVIII- XIX). São João del-Rei, UFSJ, 2020. Disponível em: < https://www.academia.edu/44983296/As_formas_do_Perene_os_orat%C3%B3rios_dom%C3%A9sticos_devocionais_em_Minas_Gerais_e_seus_antecedentes_europeus_estudo_hist%C3%B3rico_estil%C3%ADstico_e_iconogr%C3%A1fico_S%C3%A9culos_XVIII_e_XIX_ > Acesso em 30/11/23.

RUSSO, Silveli Maria de Toledo. O oratório doméstico. Revista Pandora Brasil, n°25, 2010. Disponível em: < https://revistapandorabrasil.com/revista_pandora/religiao/texto_7.pdf> Acesso em 28/11/23.

SOUZA, Cláudio Rafael Almeida de. Descolonizando os oratórios afro-brasileiros. Cadernos de Sociomuseologia, vol.65, n° 21, 2023. Disponível em: <https://revistas.ulusofona.pt/index.php/cadernosociomuseologia/article/view/8704 > Acesso em 18/11/23.

SILVA, Vagner. G. da. Arte religiosa afro-brasileira: As múltiplas estéticas da devoção brasileira. Debates Do NER, 1 (13). 2008. Disponível em: < https://seer.ufrgs.br/debatesdoner/article/view/5251 > Acesso em: 18/11/23 https://doi.org/10.22456/1982-8136.5251.

VELOSO, Abraão. Tecnologia Ancestral Africana: Símbolos Adinkra. Espaço do conhecimento UFMG. 16/08/2020. Disponível em: <https://www.ufmg.br/espacodoconhecimento/tecnologia-ancestral-africana-simbolos-adinkra/ > Acesso em: 18/11/23

Downloads

Publicado

2023-12-29

Como Citar

ALVES, Juane Braúna. HERANÇAS E SINCRETISMOS NA IMAGINÁRIASACRA BRASILEIRA: OS ORATÓRIOS AFRO-BRASILEIROS. COLÓQUIO DO GRUPO DE PESQUISA RELIGIÕES, IDENTIDADES E DIÁLOGOS, Recife, PE, Brasil, v. 5, p. 31–37, 2023. Disponível em: https://www1.unicap.br/ojs/index.php/coloquiorid/article/view/2671.. Acesso em: 17 maio. 2024.