Descartes, Husserl e a epoché como fundamento existencial
DOI:
https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2023.v23n3.p129-147Palabras clave:
fenomenologia, consciência, subjetividade, cogito, intencionalidadeResumen
O presente artigo tem por objetivo analisar a influência do pensamento de René Descartes sobre o conceito de epoché de Edmund Husserl. Trataremos do conceito de epoché, portanto, realçando o papel do cogito em suas implicações fenomenológicas. Husserl condiciona a epoché à discussão sobre o caráter constituinte da consciência, portanto ao intuicionismo e às remessas intencionais, opondo-se à interpretação objetivista e físico-naturalista da consciência. Afirma, desta feita, a partir de Descartes, uma naturalidade operacional primeira à naturalidade das ciências modernas. Ao abster-se do ego afirmativo por meio da dúvida sistemática (o cogito), Husserl promoverá uma renovação da relação entre consciência e sentido, seguindo-se de uma renovação da noção de consciência a partir da defesa de uma existência correlata ao mundo. O que se fez possível graças à renovação da subjetividade alcançada na epoché fenomenológico-transcendental.
Descargas
Referencias
ADORNO, Theodor. Para a metacrítica da teoria do conhecimento: estudos sobre Husserl e as antinomias fenomenológicas. Tradução: Marcos Antônio Casanova. São Paulo: Unesp, 2015.
ARISTÓTELES. Metafísica. Tradução: Edson Bini, São Paulo: EDIPRO, 2012.
BROCHARD, Victor. Os céticos gregos. Tradução: Jaimir Comte. São Paulo: Odysseus, 2009.
DESCARTES, René. Discurso do método e meditações. Tradução: Roberto Ferreira. São Paulo: Martin Claret, 2008.
HEIDEGGER, Martin. Ser e tempo. Tradução: Márcia de Sá Cavalcante; pósfácio de Emmanuel Carneiro Leão. Petrópolis: Vozes; Bragança Paulista: Editora Universitária São Francisco, 2015.
HUSSERL, Edmund. A crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental: uma introdução à filosofia fenomenológica. Tradução: Diogo Ferrer. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012.
HUSSERL, Edmund. Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica. Tradução: Márcio Suzuki. Aparecida: Ideias & Letras, 2006.
HUSSERL, Edmund. Investigações lógicas: investigações para a fenomenologia e a teoria do conhecimento. Tradução: Pedro M.S. Alves e Carlos Morujão. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2015.
HUSSERL, Edmund. Meditações Cartesianas e Conferências de Paris. Tradução: Pedro M. S. Alves. Rio de Janeiro: Forense, 2013.
LÉVINAS, Emmanuel. Descobrindo a existência com Husserl e Heidegger. Tradução: Fernanda Oliveira. Lisboa: Instituto PIAJET, 1997.
LYOTARD, Jean-François. A Fenomenologia. Tradução: Armindo Rodrigues. Lisboa: Edições 70, 2008.
MOURA, Carlos Alberto Ribeiro de. Cartesianismo e fenomenologia: exame de paternidade. Revista Analytica, v. 3, n. 1, p. 195-218, 1998.
RICOEUR, Paul. Na escola da fenomenologia. Tradução: Ephraim Alves. Petrópolis: Vozes, 2009.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Caio Lívio Sulpino Dantas
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Usted es libre de:
- Compartir — copiar y redistribuir el material en cualquier medio o formato para cualquier propósito, incluso comercialmente.
- Adaptar — remezclar, transformar y construir a partir del material para cualquier propósito, incluso comercialmente.
- La licenciante no puede revocar estas libertades en tanto usted siga los términos de la licencia
Bajo los siguientes términos:
- Atribución — Usted debe dar crédito de manera adecuada , brindar un enlace a la licencia, e indicar si se han realizado cambios . Puede hacerlo en cualquier forma razonable, pero no de forma tal que sugiera que usted o su uso tienen el apoyo de la licenciante.
- No hay restricciones adicionales — No puede aplicar términos legales ni medidas tecnológicas que restrinjan legalmente a otras a hacer cualquier uso permitido por la licencia.
Avisos:
No tiene que cumplir con la licencia para elementos del materiale en el dominio público o cuando su uso esté permitido por una excepción o limitación aplicable.
No se dan garantías. La licencia podría no darle todos los permisos que necesita para el uso que tenga previsto. Por ejemplo, otros derechos como publicidad, privacidad, o derechos morales pueden limitar la forma en que utilice el material.