Sobre a natureza da linguagem: Agostinho e Wittgenstein
DOI:
https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2007.v7n1.p27-42Palavras-chave:
Linguagem, Imagem, vita dos signos, Uso, Verbum cordis [palavra do cora-ção]Resumo
Wittgenstein sempre considerou as Confissões de Santo Agostinho como “the most serious work ever written” e, todavia, criticou muito agudamente a conceoção de linguagem de Agostinho nas suas Ricerche Filosofiche [Pesquisas Filosóficas], na Grammatica Filosofica [Gramática Filosófica] e no Libro Marrone [Livro Marron]. Mas a crítica da linguagem como “imagem” em Agostinho é de fato também a crítica da lingugem como “figura” do Tractatus Logico-Philosophicus [Tratados Lógico-Filosóficos] do mesmo 1° Wittgenstein. Pelo contrário, nas análises do modo pelo qual os signos tomam vida é evidente uma forte semelhança entre a doutrina do 2° Wittgenstein e aquela que Agostinhoprofessa no De magistro [Sobre o Mestre] e no De Trinitate [Sobre a Trindade]. Con efeito, tendo por base motivações muito diferentes, seja Agostinho como Wittgenstein pensam que os signos linguísticos em si mesmos são mortos e incapazes de significar e que o seu significado emerge por sua vez progressivamente pelo contexto nos quais venham a ser usados.
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