Sobre a natureza da linguagem: Agostinho e Wittgenstein

Autores

  • Francesco Bottin Università di Padova
  • Marcos Roberto Nunes Costa Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)
  • Jorge Cândido de Lima Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)

DOI:

https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2007.v7n1.p27-42

Palavras-chave:

Linguagem, Imagem, vita dos signos, Uso, Verbum cordis [palavra do cora-ção]

Resumo

Wittgenstein sempre considerou as Confissões de Santo Agostinho como “the most serious work ever written” e, todavia, criticou muito agudamente a conceoção de linguagem de Agostinho nas suas Ricerche Filosofiche [Pesquisas Filosóficas], na Grammatica Filosofica [Gramática Filosófica] e no Libro Marrone [Livro Marron]. Mas a crítica da linguagem como “imagem” em Agostinho é de fato também a crítica da lingugem como “figura” do Tractatus Logico-Philosophicus [Tratados Lógico-Filosóficos] do mesmo 1° Wittgenstein. Pelo contrário, nas análises do modo pelo qual os signos tomam vida é evidente uma forte semelhança entre a doutrina do 2° Wittgenstein e aquela que Agostinho
professa no De magistro [Sobre o Mestre] e no De Trinitate [Sobre a Trindade]. Con efeito, tendo por base motivações muito diferentes, seja Agostinho como Wittgenstein pensam que os signos linguísticos em si mesmos são mortos e incapazes de significar e que o seu significado emerge por sua vez progressivamente pelo contexto nos quais venham a ser usados.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Francesco Bottin, Università di Padova

    Professore ordinario di Storia della Filosofia Medievale alle Università di PadovaVeneziaBari e Verona, si è occupato prevalentemente di dottrine linguistiche e logiche (consequentiae, teorie del segno) e di epistemologia e storia della scienza nel periodo medievale; si è inoltre occupato di logica e metodo scientifico in età medievale e umanistica, con particolare riferimento alle antinomie semantiche, alle dottrine semiotiche, a numerose dottrine logiche e al nominalismo.

  • Marcos Roberto Nunes Costa, Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)

    Professor de Filosofia Patrístico/Medieval da UNICAP e do INSAF – Recife,Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Filosofia Antiga e Medieval –GEPFAM/UNICAP/CNPq, atual Presidente da Sociedade Brasileira de Filo-sofia Medieval – SBFM.

  • Jorge Cândido de Lima, Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)

    Mestre em Sociologia, professor do Curso de Teologia e Acessor da Pró-reitoria Acadêmica da UNICAP.

Referências

DRURY, M. O’Connor.Ludwig Wittgenstein: the man and his philosophy.Sussex: Harvester Press, 1967. p. 54.

MALCOLM, N. Ludwig Wittgenstein: a memory. Oxford: [s.n.], 1958. p.71.

BRITTON, K. Portrait of a philosopher. In: BRITTON, K. Ludwig Wittgenstein:the man and his philosophy. ed. by K. T. Fann. New Jersey: HumanitiesPress, 1967. p. 60.

WITTGENSTEIN, L. Ricerche filosofiche. Torino: Einaudi, 1967. p. 9, § 1.

WITTGENSTEIN, L. Libro blu e Libro marrone. Torino: Einaudi, 1983. p.103.10

WITTGENSTEIN, L. Grammatica filosofica. A cura di F. Trinchero. Firenze: La Nuova Italia,1990. p. 22.

SPIEGELBERG, H.Augustine in Wittgenstein: a case studied in philosophical stimulation.Journal of History of Philosophy. n. 17, 1979, p. 319-327;

GALLAGHER, K.T.Wittgenstein, Augustine, and Language. The New Scholasticism, n. 56,1982, p. 462-470;

BEARSLEY, P. Augustine and Wittgenstein on language.Philosophy, n. 58, 1983, p. 229-236.

BURNYEAT, M.F. Wittgenstein andAugustine’s De magistro. The Aristoteleian Society, n. 61, 1987, p. 1-24.

WITTGENSTEIN, L. Tractatus logico-philosophicus. Torino: Einaudi, 1988.

Downloads

Publicado

2007-11-29

Como Citar

BOTTIN, Francesco. Sobre a natureza da linguagem: Agostinho e Wittgenstein. Revista Ágora Filosófica, Recife, PE, Brasil, v. 7, n. 1, p. 27–42, 2007. DOI: 10.25247/P1982-999X.2007.v7n1.p27-42. Disponível em: https://www1.unicap.br/ojs/index.php/agora/article/view/83.. Acesso em: 29 abr. 2024.

Artigos Semelhantes

1-10 de 259

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)