A Teoria da Criação, segundo Santo Agostinho

Autores

  • Marcos Roberto Nunes Costa Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)
  • Ricardo Evangelista Brandão Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)

DOI:

https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2007.v7n1.p7-26

Palavras-chave:

Santo Agostinho, filosofia da natureza, cosmologia

Resumo

É sabido que Santo Agostinho outrora foi adepto do Maniqueísmo, assim como da corrente filosófica Neoplatônica e, por conseqüência, abraçou a Cosmologia de cada uma dessas duas linhas de pensamento. Após sua conversão
ao Cristianismo, acolheu a tese da Criação ex nihilo, utilizando o livro Escriturístico do Gênesis, para dar fundamento revelacional, e a Filosofia Neoplatônica Plotiniana, para dar suporte filosófico à referida tese. Não foi Agostinho o primeiro a comentar sobre a Criação ex nihilo, mas foi o que melhor a fundamentou filosoficamente, assim como seus desdobramentos, e fez isso ao longo de seu embate antimaniqueu, principalmente nas obras que produziu durante o retiro filosófico de Cassiacíaco. Apesar de fazer uso de vários princípios da filosofia Neoplatônica, afastou-se e os refutou-os quando esses conflitavam
com a Revelação Bíblica.

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Biografia do Autor

  • Marcos Roberto Nunes Costa, Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)
    Professor de Filosofia Patrístico/Medieval da UNICAP e do INSAF – Recife,Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Filosofia Antiga e Medieval –GEPFAM/UNICAP/CNPq, atual Presidente da Sociedade Brasileira de Filo-sofia Medieval – SBFM, Editor da UNICAP.
  • Ricardo Evangelista Brandão, Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)

    Graduando em Filosofia pela UNICAP; Bolsista do PBIC/UNICAP/FACEPE;Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Filosofia Antiga e Medieval(GEPFAM/CNPq/UNICAP).

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Publicado

2007-11-29

Como Citar

COSTA, Marcos Roberto Nunes; BRANDÃO, Ricardo Evangelista. A Teoria da Criação, segundo Santo Agostinho. Revista Ágora Filosófica, Recife, PE, Brasil, v. 7, n. 1, p. 7–26, 2007. DOI: 10.25247/P1982-999X.2007.v7n1.p7-26. Disponível em: https://www1.unicap.br/ojs/index.php/agora/article/view/82.. Acesso em: 22 dez. 2024.

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