Anúncio de uma Sociedade em Crise sem Filosofia: Repensar a Educação Angolana a partir da “Sagrada Esperança”
DOI:
https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2024.v24n2.p18-36Palavras-chave:
Filosofia, Sociedade em Crise, Educação, Sagrada EsperançaResumo
O presente texto traz à luz a reflexão sobre uma sociedade em crise “que se anuncia”, sendo a captação do modo como pensamos em realação à Filosofia e ao uso que se faz da razão, condição necessária para esta finalidade. Este modo de pensar se reflecte em todas as dimensões da vida humana, com particular menção, na maneira como se encara a educação, a política, o direito e a justiça como condições de realização de humanidade mais digna. Daí que, neste sentido de filosofar sobre a nossa realidade, nos propusemos o desafio de (re)pensarmos nossa sociedade (angolana) a partir da “Sagrada Esperança” reflectida na educação. A reflexão parte da questão: como repensar, filosoficamente, a nossa sociedade angolana a partir da “Sagrada Esperança”, cujo conteúdo se reflicta na educação? Trata-se de uma questão que coloca, no fundo, a discussão sobre as possibilidades educativas de realização da pessoa no contexto angolano, caracterizado por níveis de analfabetismo e pobreza generalizada. Esta situação nos leva a recorrer à “Sagrada Esperança” que, nas circunstâncias em que nasceu, como um ideal pensado, representou o sonho de realização de uma condição de vida diferente e digna da pessoa angolana, para, como uma Filosofia, entendida como nova perspectiva de vida fundamentada na luz da razão, questionar seu alcance na actualidade. Assim, se a Filosofia é um questionar-se sobre qualquer realidade (social), então, faz sentido admitir que, sem Filosofia, uma sociedade entra em crise existencial e, neste sentido, se torna inadiável repensá-la na pespectiva da educação como esperança sagrada.
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