LIVE: 2º episódio da série Educação para a Harmonia com a Natureza do Programa Direitos da Natureza – DIA: 07/04 – ÀS 19H

Amanhã, quarta-feira, dia 7 às 19h, o segundo episódio da série Educação para a Harmonia com a Natureza do Programa Direitos da Natureza a Live vai oferecer uma conversa fundamental! Estarão presentes representantes das primeiras experiências no Brasil e da primeira no mundo para inspirar outras tão necessárias à compreensão do tema e ampliação do movimento.
Adriana Rodríguez, Germana Moraes, Fernando Dantas, Manoel Moraes e Rafael Ludolf estarão conosco noticiando estas iniciativas que estão ocorrendo sincronicamente neste início de ano, seguindo os passos de outras pioneiras no mundo, como o Mestrado da Universidade Andina Simon Bolivar, no Equador, primeiro país a reconhecer os direitos de Pachamama em sua Constituição Federal.

A conversa vai ser mediada por Marcia Fernandes, uma das primeiras mestras em Direitos da Natureza e apresentada por Vanessa Hasson, ambas integrantes da ONG MAPAS e membras especialistas da rede Harmony with Nature, ONU.

Venha descobrir como a educação para a Harmonia com a Natureza vem transformado o mundo!

07 de abril, 19h
página Facebook Direitos da Natureza
https://www.facebook.com/direitosdanatureza/live/

CAMPANHA SOLIDÁRIA UNICAP/HUMANITAS

Prezados estudantes,

Por conta da pandemia de Covid-19, muitas pessoas perderam seus empregos e muitas famílias tiveram redução de renda. Esse cenário, infelizmente, tem trazido dificuldades para milhares de pessoas.

Nesse sentido, a Unicap, por meio do Instituto Humanitas, está fazendo um levantamento a fim de identificar, entre nossos estudantes, aqueles que desejam receber algum apoio com cestas básicas nesse momento difícil que estamos vivendo.

A partir desse diagnóstico buscaremos mobilizar toda a comunidade acadêmica em uma campanha para angariar fundos para apoiar esses estudantes.

Caso você queira participar deste cadastro e ter a possibilidade de ser beneficiado (a) por essa campanha, por favor, clique no link abaixo.

O cadastro não garante que você receberá a ajuda, porque dependemos dos valores que obteremos com as doações. Contudo, esse é o primeiro passo para que possamos, juntos, como uma grande comunidade de amizade e cuidado, fazer o possível para atender a todos e todas que se cadastrarem.

Ressaltamos que a sua identidade e informações serão mantidas em total sigilo durante todo o processo e os seus dados serão descartados de forma segura, ao final da campanha.

Link para cadastro: https://forms.gle/4NZ8C6CMgJjEdmfC6

PROGRAMA ALEXANDRE SANTOS, CONVIDA O PROF. MANOEL MORAES EM CONVERSA SOBRE A COMISSÃO DA VERDADE- DIA: 05/04 – ÀS 17h

Na 2ª feira, dia 05 de abril de 2021, em encontro às 17h, transmitido pelo canal @Arte Agora no YouTube, o programa ‘Alexandre Santos convida’ receberá o professor Manoel Moraes em conversa sobre a Comissão da Verdade

O endereço do Canal Arte Agora no YouTube é https://www.youtube.com/channel/UCxwPjGzu4in4c6W-ny0On5g

CIGANOS PASSAM NECESSIDADE POR NEGLIGÊNCIA DO PODER PÚBLICO

Existem cerca de 20 mil ciganos em comunidades localizadas em diferentes municípios do território pernambucano. A negligência dos governos federal, estadual e municipal já era uma realidade, mas com a pandemia, o problema apenas piorou.

Apesar de serem estigmatizados como um povo nômade, muitos ciganos vivem do comércio e da arte, apesar de também existirem agricultores, policiais, advogados e professores. Ainda assim, muitos ainda vivem marginalizados, e dependem do auxílio da população e de grupos de assistência social, que arrecadam alimentos e organizam sopões comunitários.

Pernambuco é o terceiro estado com a maior população cigana no Nordeste, com as principais comunidades localizadas em Petrolina, onde vivem aproximadamente 2 mil ciganos. Entretanto, nem mesmo o grande volume de pessoas foi suficiente para despertar o interesse do poder público, já que desde antes da pandemia, a situação do povo cigano já era de frequente desassistência, e a invisibilização da causa torna difícil até mesmo a busca de informações sobre as comunidades locais.

Entretanto, o auxílio popular não é a regra. O preconceito contra os ciganos no país é tão real quanto contra qualquer outro grupo étnico, inclusive, por parte das instituições, que não reconhecem a sua existência por falta de documentações – inacessíveis para muitos. Com a pandemia, essa realidade apenas se agravou. “A situação do nosso povo está muito complicada dependendo da região. Como não podemos sair para negociar, estamos passando por necessidades”, afirma Enildo, cigano da etnia calon.

Com um número aproximado de 20 contaminações e 5 óbitos por Covid-19 entre ciganos em Pernambuco, Enildo conta que as comunidades também não recebem assistência médica. “O poder público não está vindo nas comunidades, nem para vacinar, nem para dar equipamentos de segurança contra a Covid”.

Segundo matéria publicada pela Marco Zero Conteúdo, no final do ano passado, Pernambuco estava em segundo lugar em número de mortes de ciganos no Brasil, empatado com o Goiás e ficando atrás da Bahia, que contabiliza 10 óbitos. A escassez de informações sobre as comunidades ciganas impede a confirmação desse número em março de 2021.

 

TEXTO: Guilherme Anjos

FOTO: Reprodução ICB

BANNER: Ana Júlia Duarte

PL que ficou conhecido como bolsa-estupro ameaça direitos das mulheres já garantidos por lei

Não é de hoje que as mulheres lutam diariamente em busca de direitos, principalmente aqueles que se relacionam ao próprio corpo. Em 2007, um projeto de lei intitulado “Estatuto do Nascituro” foi criado visando a concepção da vida decorrente de um ato de violência, além de dar direito de pagamento de um salário à gestante, mas devido aos problemas que apresentou, tal PL não progrediu. O que parecia um avanço, entrou novamente em retrocesso com a criação de um novo projeto de Lei, dessa vez, se dispondo sobre o Estatuto da Gestante. Em outras palavras, uma cópia do PL 478/2007 que possui a mesma intenção: atacar os direitos das mulheres.

Apresentado pelo senador Eduardo Girão, o PL 5435/2020 está na pauta do Plenário do Senado e espera o relatório da senadora Simone Tebet. Também conhecido como “bolsa-estupro”, o projeto que tem o intuito de “aprovar o direito à vida desde a concepção” virou alvo de protestos nas redes sociais. Movimentos sociais e militantes pelo direito das mulheres de todo o Brasil reativaram abaixo-assinados sobre o tema e subiram hashtags como forma de denunciar e divulgar as brechas deixadas pelo PL. 

Além da controvérsia do Art. 1º da Ementa que coloca “a salvo a vida da criança por nascer desde a concepção”, o Art 11º também foi alvo de críticas por definir que caso a vítima da violência não possa arcar com os custos financeiros para a criação do bebê, ela pode recorrer ao Estado, que pagará o valor de um salário mínimo, caso o progenitor se recuse. Tendo em vista essas polêmicas, Simone Tebet comunicou a alteração da preposição, incluindo os pontos que ficaram conhecidos como bolsa-estupro, mas ainda não há data para a discussão da pauta no Plenário.

Mesmo com as mudanças na Ementa, para os defensores dos direitos das mulheres,  o PL continua apresentando ameaças. “Ele apenas vai mudar os termos, mas a essência continuará sendo a mesma. Essa falsa ideia de oferecer proteção a gestante é, na verdade, querer anular a lei que permite que a mulher possa se submeter a um abordo em caso de estupro de forma legal. Não podemos permitir esse retrocesso, pois no Brasil já existe uma violência acirrada contra nossos corpos”, explica Izabel Santos, integrante do Centro das Mulheres do Cabo. 

Para a jurista e assessora do Grupo Curumim Elisa Aníbal, apesar das pressões dentro do Senado, ainda existem chances da aprovação do PL. “A gente tem uma maioria no Congresso, que é formada por parlamentares ligados a partidos de direita e essa proposição vem de um senador historicamente relacionado a retirada de direitos sexuais e reprodutivos e ao fundamentalismo”, explica. Mas ela continua dizendo que ainda há resistência. Em relação ao impacto dessa aprovação, Elisa diz que são vários. “Primeiro, esse é um PL que versa sobre a criação de uma legislação que já existe. Todo tipo de proteção à saúde da pessoa gestante, desde o processo de descoberta da gestação até o pós parto, ele já está ancorado numa legislação que é incluída no Sistema Único de Saúde”, responde. Ademais, para ela, o PL também impacta na vida dessas mulheres retirando seus direitos básicos relacionados violência, as impedindo de ter um aborto seguro e legal. 

 

Texto: Deborah Amanda

 

Ato virtual do Movimento Vozes do Silêncio | Denúncia do golpe civil militar de 1964 – DIA: 31/03 – ÀS 18H

Neste dia 31/03, às 18h, ocorrerá o ato virtual do Movimento Vozes do Silêncio, em denúncia do golpe civil militar de 1964 no Brasil. O evento será transmitido pelo YouTube do Núcleo Memória e do Instituto Vladimir Herzog. As duas entidades, junto com parceiros de todo Brasil, estão na organização desse dia, pelo nosso direto à Memória, Verdade e Justiça. O evento contará com saudações de referências nacionais sobre o tema, bem como apresentações artísticas.

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Pernambuco na mira do Golpe – Lançamento da Coletânea – DIA 31/03 – ÀS 18H

Nesta quarta-feira (31), às 18h, pesquisadores da Fundação Joaquim Nabuco promovem o lançamento da Coletânea “Pernambuco na mira do Golpe”. Co-organizada pelos doutores em História Marcília Gama da Silva e Thiago Nunes Soares e dividida em três volumes, a coletânea reúne diversos artigos sobre o Estado no período em que se instalou a Ditadura Militar no Brasil (1964—1985). Dentre os integrantes estão os pesquisadores da Fundaj Rita de Cássia Araújo e Túlio Velho Barreto, que participam da live. A coletânea pode ser conferida gratuitamente em editorafi.org/059golpe. “A publicação da coletânea ‘Pernambuco na mira do golpe’ preenche uma enorme lacuna no âmbito da historiografia brasileira a respeito do golpe civil-militar de 1964 na medida em que faz emergir Pernambuco como um dos estados que estiveram no olho do furacão dos acontecimento que o antecedeu”, avalia Túlio, que assina o capítulo “O que ‘1964’ nos ensina sobre os dias atuais: impeachment, sequestros, torturas e mortes em tempos de ditadura” (volume 2). Nele, relembra o Movimento de Cultura Popular, o educador Paulo Freire e o exílio de Miguel Arraes. O capítulo escrito pelo pesquisador trata das consequências do golpe de 1964 para os opositores do regime ditatorial. “Foi em Pernambuco que proliferam as ligas camponesas, a partir da atuação e luta de Zezé da Galiléia, abraçadas e impulsionadas por Francisco Julião, e os sindicatos de trabalhos rurais, sob a liderança de Gregório Bezerra, Celeste Vidal, Júlio Santana, entre outros”, aponta. “Pernambuco foi um dos estados mais atingidos pela repressão, assim como suas lideranças políticas e sindicais. Portanto, após anos de certo esquecimento, essa coletânea recoloca o estado e suas personagens no papel de protagonistas daqueles acontecimentos”, finaliza o pesquisador. A cidade inchada Para pensar o Recife do Período Militar, a pesquisadora do Centro de Estudos da História Brasileira (Cehibra) Rita de Cássia Araújo analisa registros do fotógrafo Wilson Carneiro da Cunha, entre os anos 1960 a 1980. “Vou me debruçar a partir do olhar dele para pensar o Recife na época dos generais”, explica. Autora do capítulo “Uma ‘feira de mangaios’:o Recife fotografado no tempo dos generais, 1960-1980” (volume 1), Rita se baseia inteiramente na Coleção Wilson Carneiro da Cunha, do Cehibra. Ao todo, o acervo do fotógrafo reúne 2.841 documentos, entre acetatos, negativos e fotografias impressas. De acordo com a pesquisadora, Wilson Carneiro da Cunha começou a atuar como fotógrafo no final da década de 1930. Residente no bairro de São José, área central do Recife, ele monta um quiosque de fotografia na Rua Nova, em 1952. Avesso aos estúdios fotográficos convencionais, Wilson expunha na rua registros de sua autoria e coleções históricas do Recife. Em sua trajetória, atuou também como fotojornalista, com contribuições para os jornais locais. “Ele se interessava pelos registros conhecidos como ‘instantâneo de rua’, que capturavam flagrantes do cotidiano, e sujeitos marginais da cidade, como pessoas em situação de rua e ambulantes.”

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