Boletim Unicap

Pesquisa de ex-aluno de Publicidade e Propaganda vira livro lançado na Bienal PE

Quem nunca respirou aliviado ao sair de uma banca de trabalho de conclusão de curso? O fim de um curso nem sempre significa dizer que a pesquisa está encerrada. Pelo contrário, a aprovação pode abrir um caminho para outras realizações. É o que está acontecendo com o ex-aluno de Publicidade e Propaganda Rodrigo Sérgio Ferreira de Paiva.

Ele se formou no final do ano passado. A pesquisa intitulada Panther is the New Black: Representação e Cultura na Comunicação do Filme Pantera Negra se transformou num e-book e agora a obra ganhou versão impressa que foi apresentada na plataforma de lançamentos da XII Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. Rodrigo participou de sessão de autógrafos e debates com o público.

O desempenho acadêmico enquanto estudante rendeu a ele o prêmio Expocom na categoria de Games com o trabalho Cobaia, durante o 41º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom 2018. Em maio deste ano, por ocasião do lançamento da versão digital do livro ele, conversou com o Boletim Unicap. Releia alguns trechos.

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Busquei responder à pergunta: como explicar o impacto social e comercial da representatividade negra no contexto mercadológico do longa-metragem Pantera Negra (Black Panther, 2018)? Usei incontáveis livros da biblioteca da UNICAP para dissertar sobre a representatividade étnica nas Histórias em Quadrinhos, no cinema e na realidade, incluindo autores como Jenkins, Bourdieu e Stam, por exemplo. Também realizei pesquisas de campo, inclusive uma visita à Mauricio de Sousa Produções[1] (SP) e uma entrevista com os quadrinistas Rafael Calça e Jefferson Costa – Produtores da graphic novel de sucesso “Jeremias – Pele”.

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Sou grande fã das adaptações de super-heróis das HQs para o cinema e outras plataformas audiovisuais. Eu possuía elas em mente antes mesmo de escolher o Pantera Negra e sua importância social e comercial como tema. O personagem é incrível e traduz uma nova era para essas produções, marcada pela representatividade e sua valorização perante o grande público. É uma figura forte, tanto em seu longa solo quanto nos filmes dos Vingadores.

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Como apenas mais um branco, eu não tenho o direito de me posicionar sobre a representatividade negra, muito menos de me apropriar de uma fala alheia. Fui meramente um pesquisador aqui. Espero que essa pesquisa possa reforçar uma causa tão relevante como essa, pela qual eu tenho empatia. É tão bonita que eu me emocionei enquanto escrevia a conclusão, o que realmente não esperava. Ela reforça a mensagem de como a fantasia e a arte são fundamentais em tempos em que a sociedade está polarizada e aderente ao ódio ao invés da união.

 

 

 

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