Boletim Unicap

Novos investimentos em Pernambuco aquecem mercado de fonoaudiologia

Quando se fala na geração de empregos a partir do Complexo Portuário de Suape, logo se pensa nas engenharias, setor de petróleo e gás ou construção civil. Mas os investimentos no Litoral Sul de Pernambuco também estão aquecendo o mercado de trabalho na área de saúde. Os profissionais de fonoaudiologia que o digam. A profissão é uma das mais promissoras do momento.

Ex-aluno formado na primeira turma do curso de Fonoaudiologia da Universidade Católica de Pernambuco, em 1983, e atualmente professor da Casa, Paulo Freitas é um desses profissionais que está aproveitando a oportunidade. Ele montou uma empresa que presta serviço em Fonoaudiologia Ocupacional a outras três empresas no Cabo de Santo Agostinho. Exames admissionais ou demissionais, periódicos ou atestados para mudanças de função são algumas de suas demandas. Procedimentos necessários para o atestado de saúde ocupacional do trabalhador.

“Chego a fazer 600 atendimentos por dia. É gente de toda parte: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais. São muitos operários atuando aqui. As empresas são obrigadas, por lei, a fazer tais exames”. Ainda segundo o professor Paulo Freitas, o mercado tende a crescer ainda mais. Ele calcula que passará a atender, dentro de pouco tempo, 15 novas empresas. Grande parte a ser instalada em Goiana, no Litoral Norte do Estado, junto com a cadeia produtiva da montadora de veículos Fiat.

“Os salários para quem atua neste ramo da fonoaudiologia podem chegar a R$ 8 mil a R$ 10 mil”, comenta. “Acredito que irei contratar mais 20 profissionais. No nosso mercado tem gente escolhendo emprego”, comemora o professor que está aceitando currículos pelo e-mail paulofreitasb@gmail.com .

Quem também está se dando bem no ramo de fonoaudiologia do trabalho é a ex-aluna da Católica Natália Lins Lima de Barros, formada na turma de 2006.2. Ela e mais quatro amigas, todas ex-alunas da Unicap, montaram uma empresa de consultoria nesta área. “Realizamos assessoria em audição e perícias”, destaca Nathália que também já mira o polo de Goiana. Ela foi nomeada a perita oficial da Justiça do Trabalho daquele município.

Além dessas duas frentes de trabalho, Nathália irá atuar também num outro segmento até então, segundo ela, pouco explorado no mercado: o de zumbido. Em parceria com uma empresa de próteses auditivas, ela irá oferecer tratamento no Hospital Real Português.

Tantas ofertas de emprego são o reconhecimento de uma sólida formação acadêmica. Algo que Nathália encontrou na Universidade. “Os professores da Católica são muito dedicados, atenciosos e sempre dispostos a ajudar”, comenta ao relembrar os tempos de estudante. “Assim que me formei, fui convidada para trabalhar nos serviços ambulatoriais de Amaraji e Primavera. Nessa segunda cidade, eu passei a atuar como coordenadora da Vigilância Epidemiológica”, conta.

Há também um outro nicho de mercado bastante proveitoso para os fonoaudiólogos: o de próteses auditivas. Uma área explorada por Paula Portela desde que se formou, há seis anos. Ela já passou por diversas empresas do setor e hoje atua na Audix. “É uma das áreas que melhor remuneram. Além do salário fixo, você recebe comissões em torno de 5% do valor da venda”, explica ao mencionar que alguns aparelhos chegam a custar R$ 7 mil.

Na Católica, o curso de Fonoaudiologia é oferecido há 28 anos. Na Unicap, a formação profissional é focada no mercado e, desde os primeiros períodos do curso, os estudantes colocam em prática aquilo que aprendem em sala de aula. Isso pode ser facilmente constatado na Clínica Escola mantida pela Universidade. Sob a orientação de professores, os alunos prestam atendimento à população de baixa renda. Na mais recente avaliação do Ministério da Educação (MEC), o curso alcançou conceito quatro, numa escala que vai de um a cinco.

“Nós temos um curso de visão bastante humanista que contempla todas as áreas da fonoaudiologia. O aluno sai daqui com bagagem completa de ensino, pesquisa e extensão”, explica a coordenadora do curso, professora Conceição Silveira.

A profissão – O fonoaudiólogo deverá compreender, analisar e sistematizar teorias do campo preventivo, clínico-terapêutico, de aperfeiçoamento e da prática fonoaudiológica, prevenindo, avaliando, diagnosticando e tratando os seus distúrbios nas áreas de linguagem, voz, motricidade oral, audição e saúde pública. A atuação do fonoaudiólogo abrange escolas, hospitais, unidades básicas de saúde, clínicas, instituições de atendimento especializado, centros de reabilitação, policlínicas, creches, instituições geriátricas e empresas, tanto no serviço privado como público.

professores de fonoaudiologia da unicap

fotos: arquivo

 

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