Boletim Unicap

Missa de 7º Dia do Irmão Colcheta será hoje, às 18h

Com informações do Informativo dos Jesuítas da Província Brasil Nordeste

A Pastoral da Universidade Católica de Pernambuco celebra, nesta segunda-feira (21), às 18h, na Capela da Unicap, Missa de 7º Dia do Irmão Antônio Colcheta. O Irmão Colcheta, como era mais conhecido, com 100 anos completados no dia 2 de junho deste ano, faleceu no dia 14 de novembro, às 14h30, na Residência São Luiz Gonzaga, em Fortaleza-CE.

O superior da Residência São Luiz Gonzaga, Padre Pedro Vicente, falou um pouco sobre o Irmão Colcheta. “Após o falecimento do Padre Santana, ele ficou muito deprimido, passou a se alimentar com dificuldade e precisou do uso de cadeiras de rodas para se locomover. Era um homem silencioso e de uma piedade exemplar. Sua vida foi marcada pela dedicação e empenho em tudo o que lhe confiavam os Superiores. Era o último vivo da antiga missão portuguesa no Nordeste do Brasil. Exerceu diversas funções: um bom mestre de obras; marceneiro, encanador, sapateiro, barbeiro, motorista. Nasceu em Portugal em 2 de junho de 1911. Entrou na Companhia de Jesus em 1928 com 17 anos. Chegou ao Brasil com 24 anos. Faleceu com 100 anos de idade e 83 anos de Companhia. No catálogo da Companhia de Jesus do Brasil, ele constava como o mais idoso”.

À época do centenário do Irmão Colcheta, Padre Santana, ex-professor do Juniorado, falou: “Celebramos, no dia 2 de junho de 2011, o centenário de nascimento do Irmão Colcheta. É, atualmente, o último dos jesuítas que vieram para o Nordeste do Brasil, antiga missão da Província Portuguesa. Nasceu no Val-da-Torre, Beira Baixa, Portugal no dia 2 de junho de 1911. Seus pais chamavam-se Sebastião Colcheta e Maria Jerônima. Eram oito irmãos. Todos trabalhavam no campo, ajudando o pai que era lavrador. Ingressou na Companhia de Jesus quando tinha 17 anos. Fez o noviciado em Oya, Espanha. Um de seus irmãos, o mais velho, também foi Irmão Jesuíta e faleceu em Braga. Com 23 anos de idade, em 1934, vem aumentar o número dos Jesuítas no Nordeste do Brasil. Recém-chegado, foi destinado à casa de Baturité no Ceará, onde permaneceu até 1949. Habilidoso e bem dotado, aplicou-se totalmente ao serviço da comunidade. Era eletricista, motorista, mecânico, sapateiro e carpinteiro. Em 1950, foi transferido para Salvador, Bahia. No Colégio Antônio Vieira exerceu o ofício de carpinteiro e cuidava das instalações elétricas. Dedicou muito tempo à reforma da casa de férias em Mar Grande. Empenhou-se como mestre de obra na construção do andar que fica por cima da portaria do Vieira. Em 1953 voltou a Baturité e cumpria com eficiência as tarefas que lhe eram confiadas. Enviado para Recife em 1955, recebeu a missão de zelar por uma granja do Colégio Nóbrega, em Carpina, interior de Pernambuco. Em 1956, passou a residir com os Jesuítas da Universidade Católica. Trabalhava na manutenção da casa e no almoxarifado da Universidade. Sempre sóbrio no falar e atento no servir. No segundo semestre de 2004, enviado para Fortaleza, passou a fazer parte da Comunidade São Luiz Gonzaga. Está lúcido, porém, o peso da idade avançada o impossibilita de trabalhar como antes. Vive agora intensamente a missão de rezar pela Igreja e pela Companhia. Concluo com o verso de Raul de Leoni: ‘Ninguém pensa na sabedoria secreta das raízes, contemplando o tronco robusto do Jequitibá’”.

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