Boletim Unicap

Documentário de produtor audiovisual da Unicap é exibido em Festival

A Universidade Católica de Pernambuco tem mais um motivo para se orgulhar do trabalho de seus funcionários. Na noite da última quinta-feira (29), o produtor audiovisual da Assessoria de Comunicação da Unicap (Assecom) e professor do curso de Jogos Digitais da Universidade, Luca Pacheco, teve o documentário “Três Guardiões do Axé de Pernambuco”, dirigido por ele, exibido na Mostra Competitiva do III Festival do Filme Etnográfico do Recife, que foi realizada no Cinema da Fundação.

O Festival do Filme Etnográfico do Recife é um evento que seleciona produções que tenham caráter etnográfico. Normalmente, as produções audiovisuais exibidas no festival abordam questões como as etnias religiosas, a antropologia cultural e perfis afins. As produções selecionadas participam de categorias como – Melhor Documentário, Melhor Documentário Etnográfico e Melhor Filme do Júri Popular. O audiovisual do produtor concorreu a Melhor Documentário.

Mesmo sem ter vencido a competição, para o produtor Luca Pacheco “somente pelo fato de ter tido o documentário aceito para a exibição, já foi algo de grande felicidade”. E para um evento tão importante como esse, os homenageados na produção, Tia Zeza e Sr. Walfrido, fizeram questão de marcar presença, o que deixou Luca muito feliz.

 

O Documentário

A produção audiovisual fala dos três guardiões do axé de Pernambuco. Existem três guardiões no Recife, os mais idosos da Comunidade Afro-brasileira do estado de Pernambuco. São eles – Tia Zeza; Sr. Walfrido(do Sítio do Pai Adão) e o Pai Edu. O documentário foi produzido no final de 2010, onde na época, Pai Edu, um dos principais personagens da obra, ainda estava vivo. Alguns meses depois da finalização do audiovisual, ele morreria. “Três Guardiões do Axé de Pernambuco” foi o último registro de Pai Edu em vida, um dos personagens mais importantes na história da cultura afro-brasileira, nas práticas do Candomblé, da Umbanda e do Axé não apenas no Estado, mas também em todo o país. A produção em vídeo, em resumo quis mostrar a importância desses três personagens para a história da Cultura Afro em Pernambuco e no Brasil.

Foto: Acervo pessoal - Produtor Audiovisual Luca Pacheco

“O que acho bonito nessa história do documentário, é o respeito que os jovens da Comunidade Afro-descendente têm com os mais velhos, com os mais idosos que fazem parte do axé”, comentou Luca Pacheco.

“O que é bom de se ver ainda nesse documentário é o fato de que em uma sociedade em que normalmente a pessoa idosa é esquecida pelos mais jovens, onde não há muito respeito por esses cidadãos com mais experiência de vida, o comportamentode respeito e admiração dos jovens que fazem parte da Comunidade Afro-brasileira com os mais idosos. Enquanto a sociedade deixa de lado o idoso, esses jovens têm a figura do idoso, como alguém que sirva de exemplo, que por ter uma longa história de vida, possa passar para eles (os jovens da Comunidade Afro) as suas experiências e sabedorias, envolvendo a religiosidade e a espiritualidade”, acrescentou Pacheco.

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