Católica sedia o primeiro Simpósio Comunitário de Fisioterapia
|O primeiro Simpósio Comunitário de Fisioterapia (Simcomfisio) teve início nesta terça-feira (5), no auditório G2 da Universidade Católica de Pernambuco, tendo como tema “Realidade dos Fisioterapeutas junto aos NASFS” (Núcleo de Atenção à Saúde da Família). Participaram da mesa de abertura o Reitor, Padre Pedro Rubens; a Pró-reitora Acadêmica, Aline Grego; o Diretor do Centro de Ciências Biológicas e Saúde (CCBS), professor Aranildo Rodrigues; o coordenador do curso de Fisioterapia da Unicap, Paulo Veiga; a representante do secretário de Saúde do Estado, Anabela Veloso, e o representante do secretário de Saúde da Prefeitura do Recife, Aristides Oliveira.
O Reitor fez a abertura do evento falando do direito à saúde de todos pensando na qualidade de vida de cada dia. Em seguida, a segunda mesa foi formada por Anabela Veloso, Aristides Oliveira, Lorena Albuquerque, do 2º Distinto Sanitário da Prefeitura, e o professor da Unicap Eduardo Lins como mediador.
Lorena Albuquerque iniciou sua palestra falando dos desafios, dos recursos tecnológicos e da capacidade profissional. “Atuamos de uma maneira muito profissional”, confessa. “A aprendizagem no dia a dia é muito maior”, complementa. Explicou também sobre a atuação primária e coletiva, e sobre o suporte ao outro profissional. “É um desafio diário, uma grande aprendizagem com outros funcionários”, conta.
Em seguida, Aristides Oliveira fez uma explanação sobre o NASF. “Falar do NASF é falar de um modelo de atenção de uma nova forma de saúde”, destacou. Segundo ele, o modelo busca deslocar o poder das profissões, reforçando o poder de gestão de equipe disciplinar.
O matricial é a mudança radical de produção do especialista em relação ao profissional, que demanda seu apoio. “Matricial é mistura, é troca”, explica Oliveira. Com o Matricial como apoiador, tem um núcleo de saber e perfil distinto de profissional da referência que pode agregar recursos de saber e construir com intervenções que aumentam a capacidade de resolver problemas da equipe responsável pelo caso. Tem como objetivo assegurar de um modo dinâmico a equipes e profissionais de referência, com duas dimensões: Suporte assistencial e técnico-pedagógico.
Depende da construção compartilhada de diretrizes clinicas e sanitárias e de critérios para acionar apoio, mantém responsabilidade pela condução do caso com a referência mesmo quando algum tipo de apoio especializado é acionado. Personaliza o sistema de referência e contraferência ao estimular e facilitar os contatos diretos entre equipe de referência e apoio matricial; papel da regulação.
Tendo como formas de contato a combinação de encontros periódicos e regulares, e nos casos imprevistos e urgentes, contato com avaliação de risco e agenda possível. Aristides Oliveira diferencia matricial de apoio dizendo que esse apoio sugere uma maneira de operar essa relação não mais com base na autoridade, mas com base em procedimentos dialógicos. “A gente acredita que está ajudando a ampliar a clínica”, concluiu.
Anabela Veloso aborda o trabalho desenvolvido com pessoas com algum tipo de deficiência. Cita a definição da Convenção da ONU/2006, “Pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial permanentes, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade, em bases iguais com as demais pessoas”.
Segundo ela, a Secretaria de Saúde do Estado tem como missão garantir a assistência integral à saúde da pessoa com deficiência, assim como estabelecer políticas de prevenção, tendo como base a Política Nacional da Pessoa com Deficiência e a Política Estadual de Atenção à Saúde, com o objetivo de promover a inclusão desse grupo populacional. Tem como objetivo a promoção da qualidade de vida da pessoa com deficiência; assistência integral à saúde da pessoa com deficiência; prevenção das causas e agravos das deficiências; ampliação e fortalecimento dos mecanismos de informação; organização e funcionamento dos serviços de atenção à pessoa com deficiência; e capacitação de recursos humanos.