Boletim Unicap

2º Fórum sobre Questões do Envelhecimento discute o tema de violência contra idosos

Auditório G1 foi preenchido por um público de diferentes segmentos

Violência contra os idosos é um tema recorrente na sociedade atual. Por isso, o 2º Fórum de Debates sobre “Questões do Envelhecimento” trouxe a temática para discussão. Mais uma vez, o encontro levou informações e estímulo a todos os participantes, rejuvenescendo o sentido da palavra vida. O segundo encontro aconteceu na tarde dessa terça-feira (18), no auditório G1 da Universidade Católica de Pernambuco.

Os palestrantes convidados foram a supervisora de estágio da Clínica de Psicologia, professora Tereza Batista, a coordenadora do Centro Integrado de Atenção e Prevenção à Violência contra a Pessoa Idosa (Ciappi), Paula Regina Machado, e o professor do curso de Direito Hugo Dias Barros.

Fátima está extremamente satisfeita com o retorno da atividade

Uma das idealizadoras do trabalho desenvolvido pela Católica com a terceira idade, a ex-Pró-reitora Comunitária Fátima Breckenfeld, compareceu ao evento. Quando ocupava esse cargo, ela coordenava o programa Unicap para a Terceira Idade, realizando atividades culturais, sociais, oficinas e cursos de extensão.

Com a volta de um projeto semelhante no calendário das atividades institucionais, professora Fátima foi dominada por uma grande satisfação. “Estou imensamente feliz pelo retorno dessas atividades. A intenção é discutir temas que refletem a situação do idoso. É uma alegria ver o auditório repleto de pessoas que querem viver bem”, ressaltou. Para ela, o Fórum tem a finalidade de debater as principais questões voltadas para uma melhor qualidade de vida das pessoas dessa geração.

Grupo é presença garantida nos eventos da Católica

Assim como ocorreu no primeiro encontro, a presença de integrantes do MPB Unicap fez com que o público se animasse, acompanhando os músicos quando cantavam famosas canções brasileiras. Professora Fátima aproveitou o momento para elogiar o grupo, ressaltando o fato de eles sempre particiciparem de eventos diversificados promovidos pela Católica.

Iniciando o ciclo de discussão, o professor do curso de Direito Hugo Barros discorreu sobre a relação entre legislação e violência, baseando-se nas experiências desenvolvidas pelo Núcleo de Prática Jurídicas da Astepi em comunidades. Hugo é coordenador do Núcleo de Águas Compridas e colabora com o do bairro do Ibura. O docente disseminou a ideia de que o caminho para solucionar os problemas causados contra o idoso não se restringe ao campo jurídico.

Para ele, a trajetória ideal é constituída de três partes: saber o que a legislação prevê, compreender que a lei sozinha não é suficiente e buscar ajuda de pessoas disponíveis e interessadas em defender a causa. Além disso, ele salientou que projetos sociais colaboram para sanar os problemas gerados, a partir do momento em que há uma integração. “É importante vocês saberem que não estão sozinhos. Nós temos direitos. Eles existem. Mas, de fato, eles só vão fazer parte de nossas vidas com atitudes”, reforçou.

Exemplo de superação

Palestras exploraram questões atuais e diferentes

A emoção predominou o início da segunda palestra. Com a exibição de um vídeo extraído do programa Qual é o seu Talento?, transmitido pelo SBT, a coordenadora do Ciappi teve de conter as lágrimas. A transmissão, que prendeu a atenção do público, consistia em uma apresentação de acrobacias feitas por dois idosos, a qual mesclava força e equilíbrio, fato incomum à faixa etária de ambos. Paula Regina Machado caracterizou o espetáculo como um exemplo de superação. “Tudo na vida depende de força de vontade, de desafiar o tempo e, principalmente, de não se intimidar”, destacou.

A trajetória do respeito com os idosos sofreu muitas alterações na atualidade. No passado, o valor atribuído a eles era muito maior. A partir de comparações, o fato foi explanado pela professora Tereza Batista. “Hoje o idoso virou sinônimo de ultrapassado, quando, na verdade, é o sujeito do discernimento, da sabedoria”, observou. Ela ainda relatou uma experiência tida com uma ex-aluna africana, que ficava impressionada como as pessoas de terceira idade eram tratadas.

Dinâmica de exercícios

Dentro da programação dos encontros, há um momento para o público se exercitar. Através das instruções concedidas pelo grupo Alongando e Relaxando, os presentes praticaram uma série de atividades, estimulando os pés e a musculatura das pernas. A professora do curso de Fisioterapia Francisca Mota coordenou a dinâmica, com a colaboração de estudantes da graduação.

Público variado

Presidente de entidade acha fundamental a presença do idoso nesses eventos

Diferentes segmentos compareceram ao Fórum, em busca de novos conhecimentos e perspectivas da situação vivenciada pelo idoso. A presidente da Associação de Idosos de Rio Doce, Ivone dos Santos, de 71 anos, acredita que as pessoas de terceira idade devem frequentar eventos para presenciar discussão de diferentes questões, para que eles possam se atualizar. “O idoso que fica no cantinho dele fica estagnado. Aqui, há palestras atuais, que só tem a acrescentar”, ressaltou.

Roselita observa o Fórum como espaço de colaboração para a vida do idoso

Já a colega da mesma entidade, Roselita Tavares Mendes, 61, definiu a importância do evento como espaço para fortalecer a identidade do idoso. “Adorei a proposta do evento. Todos os palestrantes foram excelentes. Dessa forma, há uma colaboração para fortalecer a boa qualidade de vida dos idosos”, destacou. 

Grupo da Terceira Idade Somos Felizes saiu satisfeito do encontro

Ao término do segundo encontro do fórum, o Grupo da Terceira Idade Somos Felizes também saiu com um ar de satisfação. Principalmente, a integrante Judite Hermínio da Silva, de 73 anos. “Com essas atividades, nós aprendemos a viver e, mais do que isso, a conviver. Aprendemos a dizer ‘sim’, quando preciso. E a não se inibir ao falar ‘não’”, enfatizou.

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