THALES DE AZEVEDO E A RELIGIÃO CIVIL BRASILEIRA
DOI :
https://doi.org/10.25247/paralellus.2022.v13n32.p125-137Mots-clés :
Thales de Azevedo, Religião Civil Brasileira, Religião e PolíticaRésumé
Este trabalho apresenta um breve panomara da trajetória intelectual de Thales de Azevedo, que foi pioneiro em tratar a relação entre a religião e a política sem hierarquizar esses dois temas - afinal, entre a religião e a política há uma zona de indistinção. Este trabalho também se propõe a contextualizar a empreitada de Azevedo, que, a seu modo, segue os passos de uma longa tradição intelectual com a qual dialoga, tradição essa que inclui autores como Ernst Kantorowicz. Trata-se de uma empreitada atual e necessária, frente aos desafios interpretativos de hoje. O presente trabalho aponta como, segundo este autor, o positivismo surgiu competindo com o catolicismo como formulador de uma espiritualidade, com uma mística que é produto da síntese entre o catolicismo devocional e a religião da humanidade de Augusto Comte. Assim, a partir da abordagem de Azevedo, pretendemos lançar luz no tema da religião civil brasileira, o que permite ver certa continuidade entre o Estado Novo, o regime militar e o governo de Jair Bolsonaro.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
AZEVEDO, Thales de. A religião civil brasileira – instrumento político. Petrópolis: Vozes, 1981.
AZEVEDO, Thales de. O catolicismo no Brasil: um campo para a pesquisa social. Salvador: EDUFBA, 2002
BELLAH, Robert. Civil Religion in America. Dædalus, Journal of the American Academy of Arts and Sciences, from the issue entitled, "Religion in America," Winter 1967, Vol. 96, No. 1, pp. 1-21.i Disponível em: http://www.robertbellah.com/articles_5.htm
CARVALHO, José Murilo de. A formação das almas: o imaginário da República no Brasil. 2 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1995
CHAUÍ, Marilena. Cultura e democracia – o discurso competente e outras falas. São Paulo: Cortez Editora. 2001. 13ª Edição.
CONSORTE, Josildeth Gomes. Thales de Azevedo: desaparece o último dos pioneiros dos antropólogos com formação médica. Março-Junho de 1996.
https://www.scielo.br/pdf/hcsm/v3n1/v3n1a09 História, Ciências, Saúde-Manguinhos, 01 June 1996, Vol.3(1), pp.133-171 [Periódico revisado por pares]
CUNHA, Euclides. Os sertões. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora; Publifolha, 2000.
FRANCO DE SÁ, Alexandre. Do Decisionismo à Teologia Política. Carl Schmitt e o Conceito de Soberania. Covilhã: Lusofia Press, 2009.
HAYES, Carlton J. H. El nacionalismo – uma religión. Cidade do México: UTEHA: 1960.
HOORNAERT, Eduardo. Formação do catolicismo brasileiro — 1550- 1800: ensaio de interpretação a partir dos oprimidos. Petrópolis: Vozes, 1974.
HOORNAERT, Eduardo. Sociologia do catolicismo no Brasil. In: AZEVEDO, Thales. O catolicismo no Brasil: um campo para a pesquisa social. Salvador: EDUFBA, 2002.
GIRARDET, Raoul. Mitos e mitologias políticas. São Paulo: Cia das Letras, 1987.
KANTOROWICZ, Ernst. Os dois corpos do rei: um estudo sobre a teologia política medieval. São Paulo: Companhia das Letras, 1998
LENHARO, Alcir. Sacralização da política. São: Papirus, 1986.
LINS, Ivan. História do Positivismo no Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1964.
MONTERO, Paula. Religiões e dilemas da sociedade brasileira. In: O que ler na ciência Social brasileira (1970-1995) [S.l: s.n.], 1999.
OLIVEIRA, Waldir Freitas. In: AZEVEDO, Thales de. O catolicismo no Brasil: um campo para a pesquisa social. Salvador: EDUFBA, 2002.
RIVIÈRE, Claude. As liturgias políticas. Rio de Janeiro: Imago: 1989.
SCHMITT, Carl. Teologia política. Belo Horizonte: Del Rey, 2006.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Wellington Teodoro Silva 2022
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
A submissão de originais para a Paralellus implica a transferência, pelos autores, dos direitos de publicação eletrônica. Os direitos autorais para os artigos veiculados neste periódico são do autor; todavia, são da revista os direitos sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão fazer uso dos mesmos resultados em outras publicações se indicarem, claramente, que a Paralellus foi o meio originalmente utilizado. Em decorrência do fato de ser a Paralellus uma revista de acesso público, é permitida a utilização gratuita dos artigos em aplicações educacionais e/ou científicas não comerciais, desde que respeitando-se a exigência de citação da fonte (Texto atualizado em 16-11-2020).
