A DESTRUIÇÃO DOS LUGARES DE AFETO E AS POSSÍVEIS REPERCUSSÕES NOS PROCESSOS COGNITIVOS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25247/paralellus.2024.v15n36.p247-269

Palavras-chave:

Pedagogia dos afetos, Processos cognitivos, Topocídio afetivo

Resumo

A proposta do presente artigo é discutir as implicações cognitivas face à destruição dos lugares de afeto. Nosso objetivo é investigar e apresentar as possíveis consequências cognitivas e pedagógicas sofridas pelos sujeitos quando privados das suas espacialidades afetivas. Busca-se demonstrar que a precarização das espacialidades afetivas impacta diretamente nos processos cognitivos, sobretudo, porque quando se remove uma paisagem afetiva ou uma espacialidade anteriormente conhecida, apagam-se, por extensão, memórias e aprendizados produzidos e transmitidos naqueles espaços. Os resultados indicam que as propostas pedagógicas precisam considerar o distanciamento afetivo que os discentes experimentam quando as espacialidades de afeto são entabuladas. Dessa forma, uma abordagem pedagógica que valorize a proximidade, o afeto e a colaboração entre indivíduos parece ser o caminho mais plausível.       

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Celso Gabatz, Faculdades EST

    - Pós-Doutorando nas Faculdades EST

    - Doutor em Ciências Sociais (UNISINOS)

    - Mestre em História Regional (UPF)

    - Pós-Graduado em Ciência da Religião e Docência no Ensino Superior

    - Graduado em Sociologia (UNIJUI)

    - Graduado em Filosofia (CEUCLAR)

    - Graduado em Teologia (EST)

  • José Roberto Limas da Silva, Escola Superior de Teologia de São Leopoldo

    Possui graduação em Administração pela Universidade Norte do Paraná (2012), Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte de Minas, Geografia pela UFMG (2018) e é licenciado em Filosofia (Uninter). Tem experiência como professor de Teologia e administrador de Empresas. Possui mestrado em Ciências da Religião e é doutorando em Teologia pela Escola Superior de Teologia de São Leopoldo (EST), sendo bolsista da CAPES.

Referências

ALMEIDA, João Ferreira. Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamentos. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2008.

ALVES, Rubem. Por uma educação romântica. Campinas: Papirus, 2012.

ANTOLHO. Dicionário Infopédia de Língua Portuguesa. Porto: Porto Editora, 2024. Disponível em: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/antolhos. Acesso em: 08 de Mar. 2024.

BAUMAN, Zygmunt. Tempos líquidos. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.

BOFF, Leonardo. A grande transformação: na economia, na política e na ecologia. Petrópolis: Vozes, 2014.

BORTOLETO, Silvana. Inventário Quali - Quantitativo da Arborização Viária da Estância de Águas de São Pedro. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/Universidade de São Paulo, 2004.

CAMARANO. Ana Amélia; BELTRÃO, Kaizô Iwakami. Distribuição espacial da população brasileira: mudanças na segunda metade deste século. São Paulo/SP: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA/IBGE), 2000.

CARDOSO, Diogo; CURA, Sara; VIANA, Willian; QUEIROZ, Luiz; COSTA, Maria. Espacialidades e ressonâncias do patrimônio cultural: reflexões sobre identidade e pertencimento. Revista de Geografia e Ordenamento do Território, N. 11, jun. de 2017, p. 83-98.

CAPRA, Fritjof. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo: Cultrix, 2000.

CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação: a ciência, a sociedade e a cultura emergente. São Paulo: Cultrix, 1993.

CONSELHO NACIONAL DA INDÚSTRIA. Educação: base para a competitividade. São Paulo: CNI, 2018.

DARDEL, Eric. O homem e a terra: natureza da realidade geográfica. São Paulo: Perspectiva, 2011.

FURLANETO, Beatriz Helena. Geografia e emoções: pessoas e lugares: sentidos, sentimentos e emoções. Revista Geografar. Curitiba, Vol.9, n.1, jun./2014, p. 200-218.

G1. GLOBO. Brasil tem histórico de alto índice de violência escolar: veja dados sobre agressão contra professores. Disponível em: <https://g1.globo.com/educacao/noticia/2023/03/27/brasil-tem-historico-de-alto-indice-de-violencia-escolar-veja-dados-sobre-agressao-contra-professores.ghtml>. Acesso em: 20 de Abr. 2023.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa nacional por amostra de domicílios 2015. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. Disponível em: https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/populacao/18313-populacao-rural-e-urbana.html. Acesso em: 27 de Dez. 2022.

KRENAK, Ailton. O amanhã não está à venda. São Paulo: Companhia das Letras, 2020.

LA TAILLE, Yves. Desenvolvimento do Juízo Moral e Afetividade na Teoria de Jean Piaget. In: Piaget, Wallon e Vygotsky: teorias psicogenéticas em discussão. LA TAILLE, Yves; KOHL, Marta; DANTAS, Heloysa. (Org.). São Paulo: Summus, 2016, p 47-73.

LEITE, Sérgio Antônio da Silva; TASSONI, Elvira Cristina Martins. A afetividade em sala de aula: as condições de ensino e a mediação do professor. Campinas, 2002. Disponível em: <https://www.fe.unicamp.br/alle/textos/SASL-AAfetividadeemSaladeAula.pdf.> Acesso em: 19 de Abr. 2023.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

MACEDO, Carolina Vilela Oliveira; GÜNTHER, Isolda de Araújo; ALVES, Susana Martins; NÓBREGA, Thaís Santos. O lugar do afeto, o afeto pelo lugar: O que dizem os idosos. Revista Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília. Vol. 24, n. 4, Out-Dez 2008, p. 441-449.

MATURANA, Humberto; VARELA, Francisco. A árvore do conhecimento: as bases biológicas do entendimento humano. Campinas: Editorial Psy II, 1995.

MATURANA, Francisco. Emoções e linguagem na educação e na política. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.

MELO, Alessandro de. Fundamentos socioculturais da educação. Curitiba: Intersaberes, 2012.

MONASTA, Attilio. Antônio Gramsci. Recife: Editora Massangana, 2010.

NOGUÉ, Joan. Emoción, lugar y paisaje. In: LUNA, Toni; VALVERDE, Isabel. Teoría y paisaje II: paisaje y emoción. El resurgir de las geografias emocionales. Observatorio del Paisaje de Cataluña. Barcelona: Universidad Pompeu Fabra, 2015, p. 137-148.

SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia. São Paulo: Editora Cortez, 1989.

SILVA, José Roberto Limas da. Paradigmas emergentes na educação contemporânea: Teoria dos sistemas vivos de Fritjof Capra. In: Estudos empíricos e teóricos sobre representações: coletivas, cognitivas, sociais e morais. LOPES, Ricardo Cortez et. al. (Org.). Jundiaí/SP: Paco, 2021a.

SILVA, José Roberto Limas da. O topocídio e o esvaziamento das memórias afetivas: agravamentos e repercussões em face da pandemia da COVID- 19. In: Temas Especiais de Educação. GABATZ, Celso et. al. (Org.). Rio de Janeiro: Pembroke, 2021b.

SILVA, José Roberto Limas. Educação Cristã em diálogo com as Ciências Sociais: possibilidade de um horizonte transdisciplinar e sistêmico. In: Desigualdade e educação. BOTTEGA et. al. (Org.). Rio de Janeiro: Pembroke Collins, 2021c.

SILVA, Márcia Alves Soares. Por uma geografia das emoções. GEOgraphia. Ano 18, Nº 38, 2016, p. 99-119.

SILVA, Márcia Alves Soares. Sobre emoções e lugares: contribuições da Geografia das Emoções para um debate interdisciplinar. RBSE Revista Brasileira de Sociologia da Emoção. V. 17, n. 50, Agosto de 2018, p. 69-84.

Downloads

Publicado

2024-07-19

Edição

Seção

TEMÁTICA LIVRE/FREE SUBJECT (artigos)

Como Citar

GABATZ, Celso; JOSÉ ROBERTO LIMAS DA SILVA. A DESTRUIÇÃO DOS LUGARES DE AFETO E AS POSSÍVEIS REPERCUSSÕES NOS PROCESSOS COGNITIVOS. PARALELLUS Revista de Estudos de Religião - UNICAP, Recife, PE, Brasil, v. 15, n. 36, p. 247–269, 2024. DOI: 10.25247/paralellus.2024.v15n36.p247-269. Disponível em: https://www1.unicap.br/ojs/index.php/paralellus/article/view/2657.. Acesso em: 22 dez. 2024.

Artigos Semelhantes

41-50 de 305

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.