“NÃO PODEMOS SER ENVOLVIDOS PELA SOLERTE PROPAGANDA DO INIMIGO DO REGIME”
O ANTICOMUNISMO ATRAVÉS DA IMPRENSA DO MOVIMENTO FUNDAMENTALISTA PRESBITERIANO DO BRASIL (1956-1964)
DOI:
https://doi.org/10.25247/paralellus.2022.v13n32.p109-124Palavras-chave:
Igreja Presbiteriana, Imprensa, ConservadorismoResumo
Este artigo analisa os discursos anticomunistas nas páginas do periódico A Defesa, veículo convencionado como forma de propagandear as ações de líderes e membros do Movimento Fundamentalista Brasileiro, no âmbito da tradição presbiteriana. Apesar de sua ênfase na linguagem bíblica, o fundamentalismo presbiteriano ultrapassou dos debates teológicos, posicionando-se como dispositivo de conservação da ordem social, como legitimador dos grupos políticos dominantes do Brasil e de apoio ao golpe civil-militar de 1964, declarando-se como um crítico das ideias do campo da esquerda. A partir de uma análise da História Cultural, as fontes apontaram para uma preocupação dos líderes fundamentalistas quanto à situação social do Brasil, diante do avanço dos movimentos sociais no início da década de 1960 e da possibilidade de uma transformação inspirada no modelo cubano. Sendo assim, com as análises consideramos que se instituiu uma condição de vigilância quanto às práticas no âmbito dos protestantismos que pudessem ser interpretadas como subversivas para a estrutura social capitalista.
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