A Realidade dos Dois Mundos e Dois Cidadãos em Agostinho
Uma Análise Ético-Político-Soteriológica a Partir da Relação Entre Livre-Arbítrio e Liberdade
DOI:
https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2021.v21n2.p150-186Palavras-chave:
Livre-arbítrio, Liberdade, Mundos, AgostinhoResumo
O conceito de livre-arbítrio e liberdade a partir de Agostinho tornou-se imo desde a Antiguidade Tardia e o Período Medieval, tornando-se um alvitre na contemporaneidade. A estrutura lógico-argumentativa do pensamento agostiniano acerca do arbitrium fundamenta-se na ontologia do homem, especificamente na sua constituinte metafísica – a alma (animus). Em sua argumentação, o Hiponense considera a liberdade humana como elemento vinculado à razão, o que diferencia o homem dos demais seres, para os animais, anima e para aquele, animus. Portanto, considerando esse conceito ontológico, foram analisados os dois estados metafísicos do homem e assim seus dois mundos. Dessa forma, Agostinho conceitua o livre-arbítrio como elemento necessário que direciona a vontade para os bens superiores (eternos) ou para os inferiores (temporais), o que permite classificar os dois mundos e seus respectivos cidadãos.
Downloads
Referências
AGOSTINHO, Santo. O livre-arbítrio. Trad., org., int., e notas de Nair de Assis Oliveira. São Paulo: Paulus, 1995.
AGOSTINHO, Santo. Confissões. Trad., org., int., e notas Maria Luiza Jardim Amarante. São Paulo: Paulus, 1997.
AGOSTINHO, S. A Trindade. Trad. e introd. de Agustinho Belmonte. São Paulo: Paulus, 1995b.
AGOSTINHO, Santo. A graça (I) – O espírito e a letra; A natureza e a graça; A graça de Cristo e o pecado original. Trad., introd. e notas de Agustinho Belmonte. São Paulo: Paulus, 1998.
AYOUB, C. N. A. Iluminação trinitária em Santo Agostinho. São Paulo: Paulus, 2011.
COSTA, Marcos R. N. Estrutura lógico-argumentativa do problema do mal em Santo Agostinho. Dissertatio. Instituto de Ciências Humanas: Departamento de Filosofia, nº 13 – 14. Pelotas: UFPel, pp. 153-168, Inverno – Verão, 2001.
COSTA, Marcos R. N. O problema do mal na polêmica antimaniqueia de Santo Agostinho. Porto Alegre: EDIPUCRS/UNICAP, 2002.
DIXSAUT, Monique. Platão e a questão da alma. Trad. Cristina de Souza Agostini. São Paulo: Paulus, 2017.
GILSON, Étienne. Introdução as estudo de santo Agostinho. Trad. Cristiane Negreiros Abbud Ayoub. 2. ed. São Paulo: Discurso Editorial; Paulus, 2010.
GRACIOSO, Joel. Interioridade e filosofia do espírito nas Confissões de Santo Agostinho. Tese (Doutorado em Filosofia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, 2010.
MARCONDES, Danilo. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.
Mary T. Clark. Mundo. In: Fitzgerald, Allan D. (org.). Agostinho através dos tempos: uma enciclopédia. Trad. e coord. de Cristiane Negreiros Abbud Ayoub Heres Drian de O. Freitas. São Paulo: Paulus, 2018.
MONDIM, Battista. Curso de Filosofia. Trad. Benôni Lemos; rev. João Bosco Lavor Medeiros. São Paulo: Paulus, 1981.
MONDIM, Battista. Introdução à filosofia: problemas, sistemas, autores, obras. Trad. J. Renard; ver. téc. Danilo Morales; rev. lit. Luiz Antônio Miranda. São Paulo: Paulus, 1980.
MCKIRAHAN, Richard D. A filosofia antes de Sócrates: uma introdução com textos e comentário. Trad. Eduardo Wolf Pereira. São Paulo: Paulus, 2013.
NATALI, Carlo. Aristóteles. Trad. Maria da Graça Gomes de Pina. São Paulo: Paulus, 2016. NOVAES, Moacyr. A razão em exercício: estudos sobre a filosofia de Agostinho. 2. ed. São Paulo: Discurso Editorial: Paulus, 2009.
PEREIRA JÚNIOR, A. Pressupostos para uma “teoria do conhecimento” em Santo Agostinho. In: SILVA, Nilo César Batista da (org.). Lectiones philosophiae: conhecimento, linguagem e estética. Curitiba, PR; CRV, 2018, p. 18.
VARGAS, W. J. Soberba e humildade em Santo Agostinho. São Paulo: Edições Loyola, 2014.
ZINGANO, Marco. Estudos de ética antiga. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2009.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Gerson Francisco Arruda Júnior, Marcone Felipe Bezerra de Lima
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Você tem o direito de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
- Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
- O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado , prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas . Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Avisos:
Você não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou limitação que seja aplicável.
Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais , podem limitar o uso do material.