O tempo da história da filosofia
DOI:
https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2025.v25n3.p162-177Palavras-chave:
história, filosofia, método, hermenêutica, interpretaçãoResumo
Este artigo examina o problema do ‘tempo da história da filosofia’, argumentando que toda tentativa de reconstruir o passado filosófico implica uma concepção implícita de temporalidade. A tese central é que a história da filosofia não constitui uma crônica neutra de doutrinas, mas um campo no qual a própria filosofia reflete sobre sua condição temporal. Diferentes modelos historiográficos – do humanismo renascentista à sistematização do século XVII, da leitura dialética de Hegel ao historicismo e à hermenêutica do século XX – expressam modos distintos de compreender a relação entre filosofia e tempo. Ao analisar essas abordagens, o artigo evidencia tanto os desafios metodológicos quanto as implicações filosóficas do confronto entre pensadores separados por distâncias históricas. Sugere-se que a legitimidade desse confronto depende do reconhecimento de um horizonte no qual passado, presente e futuro coexistem, em vez de reduzir o pensamento a opiniões isoladas ou à imediaticidade do presente. O objetivo não é oferecer uma história exaustiva, mas esclarecer como a questão do tempo molda nossa compreensão da própria filosofia. Dessa forma, o artigo contribui para o debate atual sobre o estatuto da historiografia filosófica e defende que a história da filosofia pode servir como um recurso vivo para enfrentar questões filosóficas contemporâneas.
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