A lógica hegeliana enquanto argumento ao projeto cosmopolita

da categoria de limite à dialética da repulsão-atração

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25247/P1982-999X.2022.v22n2.p31-49

Palavras-chave:

Dialética, Cosmopolitismo, Ciência da Lógica, Filosofia Política, Teoria das Relações Internacionais

Resumo

Este artigo tem como objetivo constituir um argumento ao projeto cosmopolita partindo da categoria de limite, presente na Doutrina do Ser da Ciência da Lógica de Hegel. Para isso, através do método dialético-especulativo, será inicialmente desenvolvido o sentido do limite no plano lógico hegeliano, observando sua potencial aplicação à filosofia política. Percebe-se, contudo, uma insuficiência no limite, que em sua determinação demanda a categoria de barreira; esta, por sua vez, demandará a dialética da repulsão-atração para a concepção da relação entre múltiplos e unos. É nesta relação que reside o argumento cosmopolita buscado. De modo paralelo, destacar-se-á as diretrizes centrais de um projeto cosmopolita para, assim, ser possível acoplar as determinações a partir da categoria de limite a um argumento em defesa do cosmopolitismo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • João Henrique Salles Jung, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

    Professor do Departamento de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Doutorando em Filosofia pela FernUniversität in Hagen em cotutela com a PUCRS. Aprovado em 1º lugar no processo seletivo do Doutorado em Filosofia na PUCRS 2020/2021. Bolsista do Deutscher Akademischer Austauschdienst (DAAD). Mestre em Filosofia pela PUCRS (média final 9,7) com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Bacharel em Relações Internacionais pela ESPM-Sul, finaliza sua segunda graduação em Ciências Sociais pela UFRGS. Colaborador do 'Cosmopolitanism: Justice, democracy and citizenship without borders', sediado em Lisboa. Pesquisador do Instituto Sul-Americano de Política e Estratégia (ISAPE), instituição na qual foi Presidente durante a gestão 2018-2020. Recebeu Menção Honrosa da Marinha do Brasil pela participação de destaque na XXI SiRIEN, além do prêmio de melhor artigo no 4º SEMIC (ESPM-SP) em 2015. Prestou assessoria ao Comando Militar do Sul/EB, ao Consulado dos Estados Unidos em Porto Alegre, entre outros. Conta com mais de 40 publicações, as quais tratam de temas como Teoria das Relações Internacionais, Política Internacional, Segurança Internacional, Análise de Política Externa e Filosofia Política. 

Referências

BAVARESCO, Agemir. A crise do Estado-Nação e a teoria da soberania em Hegel. In: Sociedade em Debate, Pelotas, n.7, v.3, pp.77-109, 2001.

BUBNER, Rüdiger. Moralité et Sittlichkeit – sur l’origine d’une opposition. In: Revue International de Philosophie, Bruxelles, v. 42, n. 166, pp. 341–360, 1988.

FOCSANEANU, Lazar. Esquisse d´un droit international sans obligation ni sanction. Un essai de droit des gens phénoménologique. In: Études Internationales, Québec, v.8, n.3, pp.447-477, 1977.

HABERMAS, Jürgen. A constelação pós-nacional: ensaios políticos. São Paulo: Littera Mundi, 2001.

HEGEL, Georg W. F. Ciência da lógica: 1. A doutrina do ser. Petrópolis: Vozes, 2016.

HEGEL, Georg W. F. Ciência da lógica: 3. A doutrina do conceito. Petrópolis: Vozes, 2018.

HEGEL, Georg W. F. Fenomenologia do Espírito. Petrópolis: Vozes, 2014.

HEGEL, Georg W. F. Introdução à filosofia do direito. Tradução de Paulo Meneses, Agemir Bavaresco et al. São Leopoldo: Ed.UNISINOS, 2010.

HEIDEGGER, Martin. Being and Time. New York: Harper & Row, 2008.

HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. São Paulo: Editora 34, 2003.

KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2017.

KANT, Immanuel. Ideia de uma história universal de um ponto de vista cosmopolita. Tradução de Rodrigo Naves e Ricardo Terra. São Paulo: Brasiliense, 1986.

KANT, Immanuel. Metafísica dos Costumes: princípios metafísicos da Doutrina do Direito. Tradução de Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 2004.

KANT, Immanuel. Para a paz perpétua. Tradução de Bárbara Kristensen. Rianxo: Instituto Galego de Estudos de Segurança Internacional e da Paz, 2006.

KERVÉGAN, Jean-François. Le problème de la fondation de l´éthique: Kant, Hegel. In : Revue de Métaphysique et de Morale, vol. 95, n. 1, pp. 33-55, 1990.

LEIBNIZ, Gottfried W. Monadología. Oviedo: Pentalfa Ediciones, 1981.

NOUR, Soraya. Os Cosmopolitas. Kant e os “temas kantianos” em Relações Internacionais. In: Contexto Internacional, Rio de Janeiro, v.25, n.1, pp.7-46, 2003.

PLATÃO. Parmênides. Texto de John Burnet, tradução de Maura Iglésias e Fernando Rodrigues. Rio de Janeiro: Ed. PUC Rio/São Paulo: Loyola, 2003.

THOMPSON, Kevin. Hegel's Theory of Normativity: The Systematic Foundations of the Philosophical Science of Right. Evanston: Northwestern University Press, 2019.

WATSON, Adam. A evolução da Sociedade Internacional. Brasília: UnB, 2004.

ZANELLA, Diego. A origem do conceito de cosmopolitismo. In: Hypnos, São Paulo, v.32, n.1, pp.166-176, 2014.

Downloads

Publicado

2022-09-30

Como Citar

SALLES JUNG, João Henrique. A lógica hegeliana enquanto argumento ao projeto cosmopolita : da categoria de limite à dialética da repulsão-atração. Revista Ágora Filosófica, Recife, PE, Brasil, v. 22, n. 2, p. 31–49, 2022. DOI: 10.25247/P1982-999X.2022.v22n2.p31-49. Disponível em: https://www1.unicap.br/ojs/index.php/agora/article/view/2207.. Acesso em: 24 nov. 2024.

Artigos Semelhantes

101-110 de 376

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.