Lei das Religiões

Qual sua opinião sobre a Lei das Religiões?

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No dia 14 de junho de 2013, das 19h30 às 20h30, o Programa Opinião Pernambuco, na TV Universitária, tratou do tema “Lei das Religiões”, com a participação do prof. Gilbraz Aragão, do Mestrado em Ciências da Religião da UNICAP, além do nosso mestrando Érico Lustosa, que também é sacerdote de religião afrobrasileira, e Gustavo Gilson, professor do Departamento de Educação da UFPE e também reverendo anglicano. Opinião Pernambuco é um programa diário de debate ao vivo, que recebe convidados para discutir sobre temáticas de cultura e cidadania na atualidade. Vai ao ar na TV Universitária da Universidade Federal de Pernambuco, emissora que foi fundada em 1968 e hoje integra a Rede TV Brasil. Nessa sexta foi apresentado pelo jornalista Haymone Neto e puxou o fio de um assunto bem enrolado…

O tema veio a propósito das discussões que estão ocorrendo no Congresso Nacional: a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou, em 12 de junho, o projeto que estabelece a Lei Geral das Religiões (veja aqui), proposta apresentada pelo deputado George Hilton (da Igreja Universal) que ainda vai passar pela análise do plenário do Senado, antes de retornar para avaliação dos deputados. A intenção é garantir tratamento isonômico a diferentes religiões e o projeto surgiu em resposta ao Estatuto Jurídico da Igreja Católica, acordo assinado entre o governo brasileiro e o Vaticano em 2008, que estabeleceu normas sobre ensino religioso, casamento, imunidade tributária para entidades eclesiásticas, prestação de assistência espiritual em presídios e hospitais, garantia de sigilo de ofício dos sacerdotes, entre outros temas. A proposta da Lei das Religiões é tão controversa quanto o Estatuto Católico, envolvendo questões que precisam ser aprofundadas sobre o significado da laicidade do Estado brasileiro.
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E então, o que você pensa: a Lei Geral das Religiões vai ajudar na promoção da diversidade religiosa no Brasil? Por quê?!



Saiba mais sobre o assunto:

 

10 comentários Adicione o seu

  1. Manu disse:

    acho que as religiões, os grupos religiosos, devem se associar e aprofundar diferenças e semelhanças, discutir como agir em conjunto para humanizar a vida pública, em associações da sociedade civil. quando uma igreja usa poder político e busca privilégios do estado, é sinal de picaretagem, resquício daquele tempo em que imperava a máxima “cujus regio, ejus religio”. o mundo anda mudando, senhores bispos! Manu.

  2. Isabel disse:

    Só vi o programa agora, gravado na internet: fiquei orgulhosa do nosso Mestrado. Parabéns!
    Isabel.

  3. Irênio Santos disse:

    Acabou o tempo da Igreja Católica mandar em tudo, apesar dos defeitos e contradições dessa Igreja. Os evangélicos têm suas crenças e sua cultura de vida, que são mais evangélicas, justamente, e vamos lutar para entregar o Brasil para Cristo!

  4. Tião disse:

    Oxente, mas o consenso dos debatedores foi noutra direção, minha filha, que as religiões devem iniciar quem quiser nas suas comunidades, deixando às escolas a tarefa de refletir criticamente sobre essas vivências, deixando ao espaço público o debate livre das ideias. Se um religioso, seja de que igrja for, quiser defender uma postura ética, por mais que ele tenha motivação da sua tradição religiosa, no espaço público ele tem de argumentar com justificativas humanas, que aquilo vai fazer mais bem pra humanidade. Então, não é pra dar o país pra Cristo nem pro Buda, mas pros brasileiros – que podem ser, nas suas igrejas, católicos ou evangélicos, budistas ou umbandistas, descrentes ou o que quiserem! Oxe…

  5. Marcos disse:

    Professores, acabei de ver no jornal que vai haver um ritual de desbatismo de ateus, na hora em que o Papa chegar no Brasil, lá no Rio: é um sintoma da revolta do povo com tudo que veio sendo imposto em nossa história, a religião também. Dizem que haverá uma espécie de cerimônia para as pessoas interessadas em “apagar” o batismo a que foram submetidas enquanto ainda eram crianças. O primeiro passo será “ouvir” algumas palavras em latim “de mentirinha”. Na sequência, “os desbatizados” passarão por uma sessão sob secadores de cabelos, “para fazer evaporar do corpo as últimas moléculas de água do batismo involuntário com os ventos do secularismo”… E aí?!
    Marcos Aurélio.

  6. Sílvio Marinho disse:

    Se aprovado, adeptos do candomblé, do espiritismo e do judaísmo, por exemplo, poderão ter isenções fiscais, incluir capelães nas Forças Armadas e celebrar casamentos, direitos hoje usufruídos apenas pela Igreja Católica. Poderão também ter os professores das suas crenças pagos pelas escolas para dar aulas das suas religiões. Não tá certo não? Direitos iguais para todas as religiões, que ademais são tão necessárias para educar a nossa gente e enfrentar tanta violência que tá nas ruas.

  7. Marcos disse:

    Sei não… O projeto é patrocinado, no Congresso Nacional, pela Igreja Universal do Reino de Deus. O autor, deputado George Hilton (PRB-MG), e o senador que conseguiu assinaturas para o requerimento de urgência, Eduardo Lopes (PRB-RJ), são pastores da entidade. Quer dizer, a iniciativa, como no caso do Acordo com a Santa Sé, não vem das bases, das associações de crentes, mas das cúpulas institucionais…
    Marcos Aurélio.

  8. Manoel Medeiros disse:

    Acho que a religião pode estar acabando noutros cantos, mas no Brasil nunca esteve tão em evidência: influencia na vida das pessoas e no debate público sobre as coisas da vida. Esta semana a Globo mostrou uma discussão sobre o Estado Laico no programa Na moral, do Bial. O assunto da convivência entre religiões já foi ao ar várias vezes no Esquenta de Regina Casé; também no quadro “Fórum Religioso” no Programa Mulheres, das tardes da TV; foi objeto de diversas “mesas” no Programa Superpop da Rede TV, com Luciana Gimenez; tem momentos garantidos no Programa do Ratinho, no SBT, entre outros exemplos. Isso prova que a religião, e as questões da sua influência não somente na vida privada das pessoas, mas nas questões públicas de ética e de cultura, precisa ser pensada e repensada por quem se ocupa dos destinos do país e, afinal, por quem deseja uma vida mais humana. Acho que a religião pode ajudar, mas nem sempre, na construção de uma convivência de cidadãos conscientes.

  9. Gabriela Pushalski disse:

    Alguém daqui já leu o livro “A Lei do Sofrimento”? Queria conversar sobre o livro! Ele me abriu tanto a mente!

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