Boletim Unicap

Última noite de COMEIASS chama atenção para a crueldade animal

A última palestra da I Conferência do Meio Ambiente e Sociedades Sustentáveis, nesta quarta-feira (6), tratou de um assunto muito recorrente na pauta atual – crueldade animal. Sobre o tema Olhar Animal – O meio ambiente e as relações com a sociedade, a convidada Aline Gusmão, coordenadora de Defesa Animal da Prefeitura do Recife, fez uma reflexão sobre o significado da expressão “crueldade animal” e apresentou dados e estatísticas frutos de pesquisa de órgãos como o FBI.

“No Manual Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais, a Associação Psiquiátrica Americana lista a crueldade com animais como um comportamento sinalizando conduta de desordem. Evidências clínicas indicam que a crueldade animal é um dos sintomas geralmente vistos nas fases iniciais de conduta de desordem, muitas vezes pela idade dos oito anos”, disse. De acordo com o FBI, mais de 80% de torturadores de animais avançam para agressão a um humano.

Outro fator pesquisado pela coordenadora de Defesa Animal foi que 75% dos agressores de mulheres no Estado já foram agressores de animais. Aline mostrou como exemplo da conexão direta da agressão animal à humana o caso do serial killer brasileiro Francisco de Assis Pereira, conhecido como O Maníaco do Parque, que quando era criança praticava violência animal.

“Temos que lutar para proteger aqueles que não podem se defender. Se você testemunhar um caso de maus-tratos a algum animal, ligue para o 190. É obrigação deles atender o chamado. Muita gente diz que não adianta ligar para a polícia, mas se eles começarem a receber muitas ligações sobre crueldade animal, eles terão que se capacitar para atendê-las. E se algum policial ou delegado negar auxílio ou preenchimento de um boletim de ocorrência, denuncie à Corregedoria Policial. Ainda tem a Delegacia de Meio Ambiente, mas a Polícia Civil também pode atender. É obrigação deles, estabelecido pela Legislação”, orientou.

Aline ainda incentivou quem compareceu a prestar serviços voluntários a ONGs de proteção animal, como a BRALA, SOS 4 Patas e SAVAMA.

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