Segunda noite da Semana de Jornalismo contou com a participação de radialistas e narrador da TV Globo
|O segundo dia da Semana do Jornalismo, realizado na sala 510 do bloco A da Universidade Católica de Pernambuco, foi como o primeiro dia: sala cheia e uma conversa que agradou bastante o público. Dessa vez, com o professor do próprio curso Álvaro Filho mediando a mesa composta por nomes conhecidos do jornalismo pernambucano. Cabral Neto (comentarista da Transamérica), Maciel Júnior (comentarista da Rádio Jornal) e Rembrant Júnior (narrador da Rede Globo) movimentaram a noite da última terça-feira (7) na instituição.
Com humor, os cronistas debateram o tema Que resenha é essa? A crônica esportiva na Copa das Confederações e na Copa do Mundo. Para iniciar a noite, cada um falou sobre suas experiências como jornalista.
Seguidamente, cada um falou de suas vidas atuais, já como profissionais, e falaram como é ser um jornalista esportivo.
O radialista Maciel Júnior revelou que, quando se tornou cronista esportivo, sua vida social praticamente acabou. “Para ser cronista, vocês terão que abrir mão do fim de semana, porque os eventos esportivos acontecem justamente nos dias em que o povo não trabalha. Como trabalho em rádio, não posso sequer beber uma cerveja na sexta ou sábado porque tenho que preservar a garganta para o domingo, quando tem jogo”, disse.
Rembrandt Jr foi para o lado emocional dos torcedores. Segundo o narrador da Globo, cada palavra dita durante a transmissão deve ser cuidadosamente pensada. “Já aconteceu de eu chegar no campo e ver um torcedor me xingar e fiquei sem entender o motivo”, revelou.
Cabral Neto, comentarista da Transamérica, citou as arenas em estados que não têm tradição no futebol, como a Arena Nacional em Brasília e a Arena Amazônica, em Manaus. O cronista despertou uma certa preocupação sobre esses dois estádios se tornarem elefantes brancos e serem demolidos.
“A preocupação é os estádios em estados que não têm torcida de expressão. O que fazer com a Arena Amazônica? Mesmo tendo planos com shows internacionais, acredito que não será suficiente para manter a arena. E o meu maior temor é que a única solução seja a demolição. Já o de Brasília está em situação menos preocupante, porque os administradores do estádio querem levar os jogos do Flamengo e Corinthians para lá”, finalizou Cabral.