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Professor dos cursos de Fotografia e de Jornalismo lança livro que debate remakes de filmes de terror

Um dos temas mais polêmicos do cinema de terror contemporâneo responde pelos remakes, também conhecidos como refilmagens. Prova disso é perceber como as principais produções das décadas de 1970 e 1980 ganharam novas versões nos últimos anos. Piores do que os originais, inovadores, exagerados, atualizados e desnecessários são apenas algumas das formas como refilmagens de terror costumam ser recebidas tanto por fãs como também pela crítica. Para os produtores, refilmagens vão além destes pontos e significam um extenso e lucrativo mercado a ser explorado.

Atento a este fenômeno, o jornalista e professor universitário Filipe Falcão lança, no domingo, dia 04 de agosto, o livro A Aceleração do Medo – O Fluxo Narrativo dos Remakes de Filmes de Horror do Século XXI. O lançamento acontece no Café Vicalli, na rua Maria Carolina, em Boa Viagem, das 17h às 20h.

Fotos: divulgação

Fruto da pesquisa que fez no Doutorado pela Universidade Federal de Pernambuco, o livro, lançado pela editora Estronho, traz uma completa análise sobre refilmagens não apenas de filmes de terror, mas da própria história do cinema. Além de Filipe, o pesquisador e professor Rodrigo Carreiro também vai participar do evento para apresentar dois livros sobre estudo do som no cinema contemporâneo.

Com 370 páginas, Filipe apresenta um estudo detalhado e aprofundado para a compreensão do que leva um filme a ganhar uma nova versão e principalmente compreender as características do remake. Para ele, o remake serve como modelo de atualização do filme para um novo público. “A história da sétima arte é marcada por refilmagens. A chegada do som significou que obras mudas ganhariam novas versões assim como o surgimento do cinema colorido como justificativa para refilmar títulos originais em preto e branco”, explica Filipe. Se o resultado vai ser bom ou ruim, esta já é uma consequência do tipo de produção visto que existem remakes melhores e piores do que as obras originais.

Em A Aceleração do Medo, Filipe aborda uma série de pontos que vão desde os gêneros fílmicos com destaque para produções de terror no século XXI até as características dos remakes e quais são as diferença entre outras formas de produções como adaptações e reboots.

Esses pontos preparam o terreno para os elementos comumente encontrados nas refilmagens contemporâneas. Tratam-se, quase sem exceção, de títulos muito mais acelerados do que as obras originais. A maioria dos remakes possui edição mais fragmentada, movimentos de câmera mais rápidos, desenho de som mais detalhado e barulhento, maior quantidade de personagens, entre outros pontos. “Essas mudanças acontecem uma vez que o cinema mainstream tem no excesso e na aceleração as duas palavras de ordem para suas produções. Basta pensar em filmes de ação estilo Velozes e Furiosos ou Os Vingadores. O público jovem é acostumado com este tipo de linguagem e quase que exige filmes cada vez mais acelerados”, explica Filipe.

Além desses pontos, a própria sociedade atual é bastante acelerada no seu estilo de vida. “Somos muito impacientes. Tudo é para agora. Estamos sempre correndo. O cinema mainstream sabe que precisa acelerar suas histórias. Além disso, a sétima arte pega inspiração tanto do universo dos videoclipes como também dos games para refilmar obras do passado e torná-las aptas para o consumo no século XXI”, completa Filipe.

Ao escolher comparar alguns dos filmes de horror mais amados e mais copiados que já existiram – o apocalipse zumbi Despertar dos Mortos (George Romero, 1978); o slasher Sexta-Feira 13 (Sean S. Cunningham, 1980) e a história de assombração Poltergeist – O Fenômeno (Tobe Hooper, 1982) – com suas recentes refilmagens (dirigidas respectivamente por Zack Snyder, Marcus Nispel e Gil Kenan), Filipe realiza um panorama histórico sobre o desenvolvimento do cinema de horror ao longo do último século, e também lida com conceitos fundamentais para a compreensão da cultura audiovisual contemporânea.

SOM – Na mesma noite, o pesquisador Rodrigo Carreiro vai vender o livro O Som do Filme: Uma Introdução, da editora da UFPR. Escrito a seis mãos com os pesquisadores Débora Opolski e João Godoy, a obra foi lançada em 2018. Trata-se de um livro-texto que cobre todas as fases da produção sonora para os meios audiovisuais. A obra é dividida em três partes: história e teorias do som no audiovisual, prática de som direto e prática de edição e mixagem sonoras.

“Trata-se de um livro-texto, destinado a todos os interessados nas múltiplas possibilidades criativas relacionadas ao uso da voz, dos ruídos, da música e do silêncio em filmes, vídeos e produtos audiovisuais”, explica Rodrigo.

Na ocasião, Rodrigo também vai conversar com os presentes sobre o e-book A Pós-produção de Som no Audiovisual Brasileiro. O livro, disponibilizado gratuitamente, é o resultado da pesquisa de pós-doutorado de Rodrigo na Universidade Federal Fluminense. O e-book apresenta 12 entrevistas com profissionais brasileiros de pós-produção sonora (editores, mixadores) para cinema e televisão, precedidas por um capítulo introdutório que sintetiza os principais
resultados da investigação.

Serviço:

Lançamento do livro A Aceleração do Medo – O Fluxo Narrativo dos Remakes de Filmes de Horror do Século XXI – Preço: R$ 40,00
O Som do Filme: Uma Introdução – Preço: R$ 40,00
Data: 04 de agosto
Hora: 17h – 20h
Local: Vicalli. Rua Maria Carolina, n. 574, Boa Viagem.

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