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Novo observatório socioambiental jesuíta é apresentado a pesquisadores durante a Semea

img_2572Os pesquisadores que estão reunidos na Universidade Católica de Pernambuco para a Semana de Estudos Amazônicos (Semea) conheceram, na tarde desta quinta-feira (27), o Observatório Nacional de Justiça Socioambiental Luciano Mendes de Almeida (Olma). A apresentação foi feita pelo secretário executivo Luiz Felipe Barboza Lacerda. Ele explicou que um dos objetivos do Olma é criar uma sinergia na área social.

img_2571“O observatório pretende organizar uma rede interna da Companhia e ganhar visibilidade, reunindo jesuítas em determinados temas”, disse Luiz ao mencionar que o encontro realizado em Pernambuco teve a intenção de aproveitar a reunião dos pesquisadores por ocasião da 1ª Semea.

“Assumimos como prioritário a justiça com as populações em vulnerabilidade social e junto aos territórios ameaçados pelo desenvolvimento dos tempos atuais, como a Amazônia. O Olma objetiva ser um núcleo potencializador de instituições e iniciativas com estes interesses em comum”, diz um trecho da carta de apresentação distribuída na reunião de hoje (27).

Além da apresentação do Olma, a programação da Semea contou com rodas de diálogos e palestras ao longo da tarde. A agricultura familiar e a realidade ribeirinha da Amazônia foram os temas abordados pelo agrônomo e coordenador de campo do projeto Bem Viver no Alto Solimões, Maurício Veloso, e pelo presidente da comunidade São José e do Banco de Sementes Tradicionais , o agricultor Juarez Assis. A mediação foi da professora do curso de Direito da Católica, Valdênia Brito.

img_2550Maurício explicou que a agricultura de subsistência se desenvolve nas várzeas e em terra firme. Arroz, milho, feijão, banana, mamão e hortaliças são os principais produtos. Ainda de acordo com o agrônomo, a região apresenta dificuldades para a agricultura. “O solo precisa ser corrigido com fertilizantes e adubos porque não é muito fértil, é ácido. Pra vocês terem uma ideia, só plantamos uma espécie de tomate adaptado porque são de 30 a 40 tipos de fungos e bactérias que atacam as plantas. As mudanças climáticas também interferem. A chegada da mosca branca representa uma praga para as melancias e quando ocorrem provocam um prejuízo de 80%”, destacou.

img_2566A natureza também foi o foco de uma outra roda de conversa no laboratório de Fotografia. O ex-aluno do curso da Católica, Flávio Costa, falou sobre sua experiência em registrar naufrágios e como eles abrigam vida marinha. Ele mostrou imagens de embarcações no fundo do mar na costa do Recife e Fernando de Noronha. “Sempre tive paixão por fotografar a natureza e depois de 20 anos de experiência, larguei o escritório para me dedicar a esta paixão”, disse o mergulhador que é formado em engenharia eletrônica.

 

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