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Instituto Cervantes promove Festival de Animação Espanhola Contemporânea neste sábado

 

Neste mês de agosto, quem gosta filmes de animação terá um bom motivo para sair de casa. Começa sábado (03), na Livraria Cultura do Paço Alfândega, o “Festival de Animação Espanhola Contemporânea”. As exibições acontecerão dias 03, 04, 10, 17 e 24 de agosto, sempre às 16h, com entrada gratuita e vagas limitadas à lotação do auditório.

A iniciativa do Instituto Cervantes mostra um apanhado do que há de mais recente na produção espanhola de animação, com filmes premiados que exibem diferentes propostas visuais e dão uma boa ideia da pluralidade e riqueza deste estilo.  Há propostas tanto para o público infantil, com figuras do imaginário mágico e criaturas fantásticas como para jovens e adultos. Animações que são adaptações de quadrinhos tradicionais contrastam com musicais e documentários.

Dentro da programação, há dois filmes dirigidos ao público infantil que se apresentam em obras bem diferentes. A adaptação livre de “O Bosque Animado (2001)”, vem do imaginário mágico da Galícia, onde estão diferentes personagens que são invisíveis aos olhos depredadores do ser humano em sua louca vida moderna e “Noturna (2007)”, procedente da indústria de animação catalã, que situa o espectador no espaço fantástico da noite, onde vivem criaturas capazes de resolver o impossível.

 Além destes, os espectadores do festival poderão apreciar a perfeita união entre desenhistas e cinema, que vem da adaptação dos quadrinhos para a animação, também apresentada em duas propostas recentes, focadas no público adulto. Primeiro, Chico & Rita (2010), trabalho conjunto de Fernando Trueba e Javier Mariscal, que criaram uma história musical ambientada na cidade de La Habana, movida a jazz. Por outro lado, a adaptação ao cinema de “Rugas (2011)”, de Paco Roca, desenhista de tiras publicadas em jornal e nos quadrinhos tradicionais, que aborda, através de seus desenhos, temas cruciais da vida adulta.

E para unir os dois mundos, do cinema e animação, o documentário “Maria e Eu (2010)”, passa pela convivência e vida do desenhista Miguel Gallardo e sua filha Maria. O filme propõe um olhar cruzado entre o testemunho que levou o desenhista a relatar sua história e sua forma de explicar o transtorno autista.

Com exceção da animação de estréia, Chico & Rita, recomendado para maiores de 14 anos, todos os outros filmes têm indicação livre.

A livraria Cultura fica na Rua Madre de Deus, s/n, Paço Alfândega, Bairro do Recife. Maiores informações através do telefone: (81) 2102-4033.

A animação espanhola hoje:

 O cinema de animação vem sendo uma das revelações do cinema espanhol contemporâneo. Além da presença dos técnicos espanhóis em boa parte das grandes produções norte-americanas de animação, a indústria espanhola vem elaborando suas próprias propostas, muitas vezes voltadas para os menores, mas que vem ganhando cada dia mais espaço junto ao público adulto. Graças à reaparição dos antes chamados “desenhos amimados” as salas recuperaram esses ambiente de cinema para todos os públicos, reunindo as famílias em torno de histórias que nos transportam ao mundo da fantasia.

A animação espanhola também estabeleceu seu lugar no mundo através de habituais co-produções com outros países e produtoras, que asseguram parte do financiamento antes de começarem qualquer projeto e vêm se fortalecendo convencidas, principalmente, de que a ampliação da animação é uma das possibilidades mais fortes do cinema do futuro. Trata-se de um cinema que consolida sua imagem internacional e legítima, sua presença como cinema, sem mais adjetivos.

Muitos festivais espanhóis generalistas vêm abrindo sessões monográficas para apresentar obras de animação, como o Festival de Gijón e o Festival de Cine de Málaga. Dois exemplos recentes de grande repercussão, que serão exibidos no Festival de Animação Espanhola Contemporânea, explicam a diversidade da presença pública dos filmes de animação fora dos âmbitos especializados. Em primeiro lugar, o filme de Fernando Trueba e Javier Mariscal, Chico & Rita (2010), que partiu rumo ao Oscar. E em segundo, a adaptação ao cinema da novela gráfica de Paco Roca, Arrugas (2011), que ganhou um Goya por melhor roteiro adaptado, toda pompa para um filme que passa longe da proposta convencional de ficção.

 

SERVIÇO:

Festival de Animação Espanhola Contemporânea

Dias: 03,04, 10, 17 e 24 de agosto de 2013.

Horário: 16h

Lugar: Livraria Cultura (Auditório)

R. Madre de Deus, s/n Paço Alfândega  Bairro do Recife – (81) 2102-4033

Entrada Gratuita

 

·                    Lotação 107 lugares

·                    Todos os filmes serão exibidos com legendas em português

 

PROGRAMAÇÃO:

03/08/2013 (sábado)

Chico & Rita Espanha, 2010. Animação. 90 minutos

Direção: Tono Errando, Javier Mariscal y Fernando Trueba

Classificação etária: 14 anos

 

Na Cuba de finais dos anos quarenta, Chico & Rita vivem uma apaixonada história de amor. Chico é um jovem pianista apaixonado por jazz, e Rita sonha em ser uma grande cantora. Desde que se conheceram em uma festa, num clube de “La Habana” o destino lhes une e lhes separa, como se fossem personagens de um bolero.

 

Prêmios: Goya (2010): Melhor filme de animação; Oscar (2011): Melhor longa-metragem de animação ; Prêmios do Cinema Europeu (2011): Melhor longa-metragem de animação ; Festival de Annecy (2011): Prêmio FNAC ao Melhor longa-metragem ; Prêmios Annie (2011): Melhor filme ; Prêmios Gaudí (2011): Melhor filme de animação e música original ; Prêmio José María Forqué (2011): Melhor longa-metragem de animação

 

04/08/2013 (domingo)

Noturna – Uma aventura mágica Espanha/França, 2007. Animação. 80 minutos

Direção: Adrià García, Victor Maldonado

Classificação etária: Livre

 

Um súbito apagão de estrelas ameaça em deixar a noite desaparecida na mais profunda escuridão. Tim, um menino assustado, que vive em um orfanato, se encherá de coragem para resolver esse desastre enfrentando sua própria sombra, fruto de seus medos. Para conseguir esse feito, Tim mergulhará em uma emocionante aventura através de Noturna, um mundo paralelo que surge todas as noites ao dormirmos.  

 

Prêmios: Goya (2007): Melhor filme de animação;  Festival de Annecy (2008): Sessão Oficial de longa-metragems a concurso.

 

10/08/2013 (sábado)

Rugas Espanha, 2011. Animação. 90 minutos

Direção: Ignacio Ferreras

Classificação etária: Livre

 

Emilio e Miguel são dois senhores reclusos em um asilo. Emilio acaba de chegar à residência em estado inicial de Alzheimer e será ajudado por Miguel e outros companheiros para não terminar no andar superior do asilo, o temido andar dos assistidos, que é como chamam os desajuizados. Seu plano maluco acaba trazendo momentos divertidos e ternos ao dia-a-dia da residência. Rugas é um longa em 2D baseado no aclamado quadrinho de mesmo título de Paco Roca, que recebeu o Premio Nacional de Comic em 2008.

 

Prêmios: Goya (2011) – Melhor filme de animação e melhor roteiro adaptado; Prêmios do Cinema Europeu (2012) – Melhor filme de animação; Prêmios Annie (2011) – Melhor filme.

 

17/08/2013(sábado)

Maria e Eu España, 2010. Documentário e Animação. 76 minutos

Direção: Félix Fernández de Castro

Classificação etária: Livre

 

Animação e documentário. Maria vive com sua mãe, May, nas Ilhas Canárias, a 3000 km de Barcelona, onde vive seu pai, Miguel Gallardo. ÀS vezes Miguel e Maria viajam juntos de férias e desta vez irão passar uma semana em um resort no sul de Gran Canária. Esta é a história de uma viagem, e, sobretudo um relato original e cheio de humor, ironia e sinceridade sobre como se convive com uma deficiência, o autismo.     

Prêmios: Goya (2010): Melhor documental

 

24/08/2013 (sábado)

O bosque animadoEspanha, 2001. Animação. 82 minutos

Direção: Ángel de la Cruz y Manolo Gómez

Classificação etária: Livre

 

Enquanto o ocioso senhor D’Abondo e seu criado Rosendo atravessam a misteriosa e frondosa Fraga de Cecebre, o criado suspeita que as árvores têm vida.  Assim é na realidade, já que, quando se afastam, a natureza se transforma e árvores e animais vivem em alegre e animada harmonia. Entretanto, a mão do homem, que tudo modifica, trará ao bosque a desordem e a infelicidade.  

Prêmios: Goya (2001) – Melhor filme de animação e canção original.


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