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Icinform discute atuação dos profissionais de comunicação em campanhas políticas e a cobertura das Eleições 2016

img_2727A cobertura das eleições e a atuação dos profissionais de comunicação em campanhas eleitorais foram os temas discutidos ontem (7) à tarde em duas mesas redondas do II Seminário do Instituto de Estudos de Convergência Midiática e da Informação (Icinform). O evento aconteceu na sala 510 do bloco A que ficou lotada.

O coordenador do curso de Jornalismo da Católica, Prof. Dr. Juliano Domingues, fez uma participação ao vivo via Skype direto dos Estados Unidos de onde acompanha as eleições americanas. O cientista político falou sobre como os americanos enxergam a participação de negros, latinos, o funcionamento do sistema eleitoral e as consequências em termos de política internacional no caso de vitória de Donald Trump ou Hillary Clinton. “A América Latina foi discutida de forma periférica durante a campanha. As preocupações estão mais voltadas para a segurança nacional e o combate ao terrorismo”, analisou Juliano.

img_2721Logo depois as campanhas municipais aqui no Brasil entraram na pauta do evento. “Foi algo extremamente curto, uma tentativa de eliminar a política da vida brasileira e isso poderá agravar um quadro de conservadorismo”, disse o consultor e sócio da Rima Consultoria, o jornalista César Rocha. Ele foi um dos profissionais convidados para o debate que foi mediado pelo professor Lula Pinto. O ponto de vista de César também foi defendido pelo outro convidado da mesa, o jornalista e consultor político Vitor Carvalho. “Foi uma mudança proposital agradável a quem fez e que limitou muito o debate”, disse ele.

O tom “morno” da campanha também foi sentido pelo fotógrafo Wagner Ramos. Ele trabalhou na campanha de Belo Horizonte. “Não sei se é uma característica política da região, mas achei o ritmo de trabalho brando, com pouca intensidade”.

A jornalista Natascha Costa, que atuou como repórter e entrevistadora no guia do candidato reeleito Geraldo Julio (PSB – Recife),  fez um contraponto ressaltando o que ela considerou aspectos positivos trazidos pela reforma na legislação eleitoral. “O tempo de dez minutos do guia fez mais gente assistir aos programas enquanto esperavam o jornal ou a novela”. Ela também mencionou a obrigatoriedade de 75% do tempo ser ocupado com a presença do candidato “já que é quem deve aparecer e em quem as pessoas irão votar”.

Para o cientista político Thales Castro, a criminalização da política representa um sério risco para a democracia. “Não vamos demonizar a política. Quando a gente bota a democracia representativa na lata do lixo, a gente perde a oportunidade de aprimorar o processo”, disse ele ao reforçar seu pensamento citando Maquiavel. “Quem não gosta de política corre o risco de ser governado por quem gosta de política”.

Mídia – A cobertura das Eleições 2016 foi o tema da mesa anterior. Estiveram entre os convidados, o editor da Marco Zero Conteúdo (agência de jornalismo independente), Sérgio Miguel; os repórteres das editoria de política do Jornal do Commercio, Marcela Balbino, e do Diario de Pernambuco, Kauê Diniz; Vito Araújo (CBN); e a professora da UFPE, Paula Reis. A mediação foi da professora de Jornalismo da Unicap, Andréa Trigueiro.

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