Frederico Pernambucano de Mello fará palestra no FestLatino
|Profundo conhecedor e estudioso do cangaço, o historiador Frederico Pernambucano de Mello fará palestra durante o FestLatino, que será realizado de 22 a 24 de outubro, na Universidade Católica de Pernambuco. Programada para o dia 23, às 20h, no auditório G2, sua palestra abordará o tema Maria Bonita: a mulher e o nome e será ilustrada por projeção digital com imagens históricas raras. A sua apresentação foi elaborada em 2011 em razão do transcurso do centenário da mais famosa mulher de guerra do Brasil.
Frederico Pernambucano, membro da Academia Pernambucana de Letras, será apresentado por seu confrade, o também acadêmico e escritor Flávio Chaves. O FestLatino é uma promoção do Centro de Ciências Jurídicas da Unicap e tem a coordenação da professora Andrea Almeida Campos.
Frederico Pernambucano de Mello nasceu no Recife, em 2 de setembro de 1947. Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito do Recife, sua especialização profissional abrange, além do Direito, Administração de Assuntos Culturais: Política e Gerência. Em 1988, foi eleito para a Academia Pernambucana de Letras (APL); é membro do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, e superintendente do Instituto de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco (FJN). Historiador e advogado, Pernambucano de Mello foi procurador federal no Recife e, de 1972 a 1987, integrou a equipe do sociólogo Gilberto Freyre na Fundação Joaquim Nabuc,o que o reconhecia, já em 1984, como “mestre dos mestres em assuntos de cangaço”,
Especializou-se nos conflitos da história nordestina, em particular os levantes populares que não se sujeitavam aos valores coloniais, como os “guerreiros do sol”, como chama os cangaceiros.
Dono de um acervo com mais de 160 objetos do cangaço, Pernambucano de Mello pretende um dia criar um museu. Até lá, acredita que a vingança do cangaço à derrota militar está em sua estética, expressa em seu vestuário simbolizado pelo chapéu em meia-lua com estrela e na linguagem popular nordestina, que até hoje se instala na fala e na cultura da região.
Publicou: Rota Batida – Escritos de Lazer e de Ofício; Guerreiros do Sol – O Banditismo no Nordeste do Brasil (Prêmio Othon Bezerra de Mello, da APL); A Tragédia dos Blindados – Um Episódio da Revolução de 30 no Recife (Prêmio Governo de Pernambuco/Fundarpe); Estrelas de Couro: Uma estética do cangaço; Benjamin Abrahão: entre anjos e cangaceiros.
GRANDE CONHECEDOR DOS PROBLEMAS NORDESTINOS. AUTOR DE VÁRIOS LIVROS COM TEMAS MUITO IMPORTANTE PARA A MELHORIA DO DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO.